O governo do presidente Donald Trump anunciou neste sábado (7) o envio da Guarda Nacional para o condado de Los Angeles, nos Estados Unidos, após o segundo dia consecutivo de protestos violentos contra as operações do Serviço de Imigração e Controle de Alfândegas (ICE). A medida foi tomada em resposta ao aumento das tensões após novas ações de deportação na região.
O ex-diretor do ICE e atual
assessor de segurança de fronteira, Tom Homan, afirmou à Fox News que a
operação tem o objetivo de garantir a segurança. “Estamos tornando Los Angeles
mais segura. A prefeita Karen Bass deveria nos agradecer. Ela fala em
mobilização? Já estamos mobilizados. Vamos trazer a Guarda Nacional ainda hoje
e continuar nosso trabalho. Isso é sobre fazer cumprir a lei”, declarou.
Trump também se pronunciou nas
redes sociais. Em uma publicação no Truth Social, criticou a governadora da
Califórnia, Gavin Newsom, e a prefeita de Los Angeles. “Se eles não conseguem
fazer o trabalho — e todos sabem que não conseguem — o governo federal vai
intervir e resolver o problema de DISTÚRBIOS E SAQUE, como deve ser
resolvido!!!”, escreveu.
A secretária de Segurança
Nacional, Kristi Noem, também endureceu o discurso: “Deixo um recado para os
vândalos em Los Angeles: vocês não vão nos parar. O ICE continuará fazendo
cumprir a lei. E quem agredir um agente será processado com todo o peso da
lei”.
As tensões se agravaram após a
ampliação das operações do ICE neste sábado, especialmente na cidade de
Paramount, na região sudeste de Los Angeles. Pela manhã, dezenas de agentes —
alguns com equipamentos táticos — invadiram uma empresa na região. De acordo
com ativistas, ao menos 65 trabalhadores foram detidos.
A operação gerou forte reação de
manifestantes, que denunciaram a falta de acesso dos detidos a advogados e
criticaram o avanço das ações do ICE. Slogans como “Fora ICE” foram entoados
repetidamente durante os atos.
Um grupo de manifestantes chegou
a bloquear a saída de veículos federais em frente a um parque industrial. A
ação gerou confronto com autoridades, que utilizaram gás lacrimogêneo por mais
de duas horas para dispersar os protestos. Para garantir o transporte dos
detidos, agentes federais usaram táticas de controle de multidões e mobilizaram
mais de duas dezenas de vans sem identificação oficial.
Vários manifestantes também foram
presos. Entre os feridos na sexta-feira está David Huerta, presidente do
Sindicato Internacional de Empregados de Serviços da Califórnia, que foi detido
enquanto registrava uma das operações no centro de Los Angeles.
A Casa Branca, por sua vez,
defendeu as ações federais e culpou líderes democratas pela escalada da
violência. Tricia McLaughlin, subsecretária do Departamento de Segurança
Nacional, acusou os manifestantes de agredir agentes, furar pneus de veículos e
vandalizar propriedades federais com pichações. “A prefeita Karen Bass precisa
exigir o fim dessa violência. A retórica agressiva dos políticos foi longe
demais. Os ataques ao ICE precisam parar”, declarou.
Segundo McLaughlin, mais de mil
pessoas cercaram o prédio federal na noite de sexta-feira.
Gazeta Brasil

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