Uma jaguatirica (Leopardus
pardalis) que foi encontrada em Trajano
de Moraes com cerca de 30 projéteis de chumbo espalhados pelo
corpo se recuperou e voltou à natureza na tarde desta sexta-feira (6).
O Instituto BW, que cuidou da
reabilitação do felino, um macho, comemorou a soltura em plena Semana do Meio
Ambiente. A escolha da área contou com a expertise da Associação
Mico-Leão-Dourado, mas o local não foi divulgado para a segurança da espécie.
A soltura contou ainda com a
parceria da Guarda Ambiental de Trajano de Moraes e de Saquarema, do Secretário
de Meio Ambiente de Trajano de Moraes, William Castellane, e do Instituto
Estadual do Meio Ambiente (Inea), por meio da Gerência de Fauna (GERFAU).
Entenda o caso
O Instituto BW foi acionado pelo Inea no dia 15 de abril para prestar atendimento emergencial à jaguatirica, que foi capturada por moradores de Trajano de Moraes, dentro de um galinheiro, e encaminhada pela equipe da Guarda Municipal ao Centro de Reabilitação de Animais Selvagens (CRAS) do Instituto BW em Macaé.
Porém, por conta da gravidade do
caso, o animal precisou ser transferido para o CRAS do Instituto BW em Araruama,
onde permaneceu até esta sexta.
O processo de reabilitação teve
início com a retirada dos espinhos de ouriço e, depois, foram realizados
procedimentos cirúrgicos para remoção dos projéteis balísticos pela região
ventral do animal, possivelmente em decorrência de uma armadilha conhecida como
“trabuco”, que é uma arma de fogo artesanal, usada na caça ilegal, adaptada
para disparar em um sistema semelhante ao de uma espingarda.
Ainda houve acompanhamento
clínico com ecocardiograma, ultrassonografia abdominal, além de rinoscopia
decorrente dos projéteis. O animal também se recuperou de uma fratura sofrida
na pata dianteira direita.
Durante o processo de
reabilitação, a jaguatirica apresentou uma evolução clínica satisfatória, sendo
considerada apta para soltura.
“Nossa fauna precisa de cuidados
e a soltura desse animal nessa semana do meio ambiente, tão emblemática,
significa uma segunda chance para todos. Precisamos respeitar o ambiente em que
os animais selvagens vivem. Por eles e por nós também”, disse Dra. Paula
Baldassin, coordenadora de veterinária do Instituto BW.
A ONG orienta que as pessoas,
caso encontrem animais selvagens feridos ou debilitados, entrem em contato com
a Guarda Municipal Ambiental do próprio município, com o Instituto Estadual do
Ambiente (INEA) ou com o Instituto BW.
"Sua atitude pode salvar uma
vida e ajudar a preservar nossa fauna", lembrou o Instituto.
Sobre o Instituto BW
A organização não governamental
“Instituto BW para a Conservação e Medicina da Fauna Marinha” (IBW) foi criada
em janeiro de 2020 e, desde então, atende às demandas de reabilitação de
animais selvagens e educação ambiental da região dos lagos e norte fluminense,
no estado do Rio de Janeiro. O IBW tem por objetivo incentivar, promover,
desenvolver e apoiar a pesquisa, educação, medicina veterinária e a conservação
ambiental.
Por g1 — Região dos Lagos


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