Morte de professora em SP é tratada como feminicídio; ex-companheira é suspeita de mandar matar

Fernanda Fazio e Rosemberg Joaquim de Santana 

 Foto: reprodução

A Polícia Civil de São Paulo passou a tratar como feminicídio a morte da professora Fernanda Bonin, encontrada morta no final de abril na Zona Sul da capital com sinais de estrangulamento. Nesta sexta-feira (9), a ex-companheira da vítima, Fernanda Fazio, foi presa temporariamente, apontada como mandante do crime. Segundo a investigação, o assassinato teria sido motivado por ciúmes e pela recusa em aceitar o fim do relacionamento.

Fazio foi detida por agentes do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) no escritório de seu advogado, no bairro de Perdizes, Zona Oeste da cidade. A polícia afirma que ela estava presente no momento em que Bonin foi capturada na região do Jaguaré. A informação foi dada em depoimento por João Paulo Borwuin, também preso temporariamente, que relatou que Fazio deixou o local com seu próprio carro, apesar de posteriormente ter alegado um defeito mecânico — tese descartada por perícia técnica.

Inicialmente, o caso foi investigado como latrocínio, mas a versão perdeu força diante dos elementos reunidos ao longo do inquérito. A motivação principal agora gira em torno de fatores emocionais e financeiros. Entre as hipóteses consideradas, estão o possível incômodo de Fazio com a proposta de emprego que Bonin teria recebido na Alemanha e a existência de um seguro de vida de R$ 500 mil, cujos beneficiários são os filhos do casal. O envolvimento da vítima em um novo relacionamento também teria despertado reações possessivas por parte da ex-companheira, segundo relatos de familiares.

Além de Fazio e Borwuin, outras três pessoas são investigadas pela participação no crime: Ivo Resende dos Santos e Rosemberg Joaquim de Santana, procurados por serem os supostos executores, e uma mulher que foi filmada abandonando o carro da professora próximo ao Autódromo de Interlagos — a polícia já pediu sua prisão, mas aguarda decisão judicial.

O carro da vítima foi localizado dias depois do assassinato, e um dos envolvidos no abandono do veículo foi preso na última quarta-feira (7). Em nota, a Secretaria da Segurança Pública confirmou a prisão da ex-companheira e informou que as diligências continuam para concluir o caso.

Gazeta Brasil

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