Iniciativa incluirá oficinas,
intervenções e exibição de filme pelo cuidado em liberdade das pessoas com
sofrimento psíquico
A Prefeitura de Maricá, por meio
da Secretaria de Saúde e com apoio da Secretaria de Cultura e Utopias, promove,
durante o mês de maio, diversas atividades para marcar a Luta Antimanicomial na
cidade, fortalecendo o cuidado humanizado e em liberdade das pessoas com
questões psicossociais. As ações seguem a mobilização nacional pelos direitos
da população com sofrimento psíquico e terão início na próxima terça-feira
(13/05) na Praça do Barroco, em Itaipuaçu, com oficinas de pintura, atividades
corporais, música e poesia.
Na próxima quarta-feira (14), a
Praça Orlando de Barros Pimentel, no Centro, recebe a intervenção cultural,
gerando reflexões e olhares plurais sobre saúde mental através de expressões
artísticas variadas. Já no dia 15/05, das 8h30 ao meio-dia, será realizado o
Fórum de Atenção Psicossocial no Cine Henfil, direcionado a profissionais,
acadêmicos da área e ao público em geral, com diálogos sobre o tema “Rede de
Urgência e Emergência na Atenção Psicossocial: Integração e Resposta na Atenção
à Crise em Saúde Mental”.
O mês da Luta Antimanicomial em
Maricá segue em 16/05, das 9h ao meio-dia, com a exibição de um filme ligado à
temática no Cine Henfil, integrando o audiovisual à mobilização pelo cuidado em
liberdade. As atividades se encerram no dia 30/05, das 8h ao meio-dia, com uma
série de ações na Praça Orlando de Barros Pimentel, incluindo dinâmicas
culturais, atividades em parceria com a Secretaria de Esportes e exames no
Caminhão da Saúde, que será direcionado, prioritariamente, aos usuários dos
serviços de saúde mental no município.
O secretário de Saúde, Marcelo
Velho, garantiu que a mobilização faz a diferença na cidade.
“Temos o compromisso de
fortalecer o cuidado humanizado e qualificado em saúde mental na nossa rede, o
que tem ligação direta com a Luta Antimanicomial. Durante o mês de mobilização,
vamos promover diversas atividades que unem conscientização e expressões
artísticas, integrando todos a essa luta”, afirmou.
A superintendente de Atenção
Psicossocial, Daiana Albino, pontuou o papel fundamental da Luta Antimanicomial
e os avanços nos serviços da rede.
“A luta antimanicomial é um
movimento social e político que defende uma transformação profunda no modo como
a sociedade trata as pessoas com sofrimento mental. Atualmente, em Maricá,
estamos empenhados nesse sentido, reestruturando a rede de Atenção Psicossocial
para oferecer um cuidado de excelência aos usuários dos serviços, com
acolhimento qualificado”, ressaltou.
Luta histórica construiu a
política antimanicomial
A Luta Antimanicomial ganhou
força no Brasil a partir da década de 1980, principalmente com a reforma
psiquiátrica, transformando, progressivamente, o modo como a sociedade tratava
as pessoas com sofrimento mental. Esse movimento propõe o fechamento dos
manicômios e a substituição desses espaços por uma Rede de Atenção Psicossocial
(RAPS) baseada no respeito aos direitos humanos, na liberdade e na inclusão
social, o que é seguido em Maricá
Com a promulgação da Lei
10.216/2001, passou-se a priorizar serviços como os Centros de Atenção
Psicossocial (Caps), os Serviços Residenciais Terapêuticos (SRTs) e o apoio à
reinserção social por meio de trabalho, cultura e convivência. No entanto, os
desafios atuais ainda são significativos e, com o movimento da Luta
Antimanicomial, busca-se reduzir o preconceito e o estigma contra pessoas com
transtornos mentais, assim como fortalecer as estratégias de cuidado em
liberdade.
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