Ministério Público havia ordenado
em outubro a prisão do líder indígena de 65 anos
Uma juíza da Bolívia anulou a
ordem de captura contra o ex-presidente Evo
Morales por suposta prática de tráfico de pessoas, em um caso
relacionado ao abuso de uma menor durante seu mandato, segundo uma decisão
divulgada nesta quarta-feira (30).
O Ministério Público havia ordenado em outubro a prisão do
líder indígena de 65 anos, que desde então se refugiou em seu bastião
político na região cocaleira do Chapare. 'Fica sem efeito qualquer mandado de
rebeldia e ordem judicial de apreensão', afirma a decisão emitida pela juíza
penal Lilian Moreno.
Até o momento, não se conhecem as
razões alegadas pela juíza para anular o processo. Segundo o Ministério
Público, Morales manteve em 2015 uma relação com uma adolescente de 15 anos,
com quem teve uma filha um ano depois. O político foi investigado por esse
mesmo caso em 2019, sob a acusação de estupro - crime que implica relação
sexual com menor entre 14 e 18 anos. Mas o processo foi arquivado em 2020.
Em 2024, uma nova investigação
foi aberta pela promotoria de Tarija, no sul da Bolívia, na qual foi denunciado
que o caso envolveria suposto tráfico de pessoas. A acusação sustenta que
Morales teria concedido benefícios aos pais em troca da filha, que integrava a
'guarda juvenil' do partido político que então estava no poder sob sua
liderança.
Correio do Povo
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