Israel lançou nesta quarta-feira (27) um ataque aéreo contra alvos do grupo rebelde huti no aeroporto de Sanaa, capital do Iêmen, um dia após os hutis dispararem dois projéteis contra o território israelense.
“O ataque teve como alvo posições
terroristas da organização huti no aeroporto de Sanaa e destruiu o último avião
restante”, declarou o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, em nota
oficial.
“Essa é a continuação da nossa política: quem
atacar o Estado de Israel pagará um preço alto”, acrescentou o ministro.
O bombardeio ocorre em meio a uma
escalada regional. Aliados do Irã, os hutis intensificaram suas ações contra
Israel desde o início da guerra em Gaza.
Israel rejeita nova proposta
dos EUA por cessar-fogo em Gaza
Na segunda-feira, Israel rejeitou
a mais recente proposta dos Estados Unidos para um cessar-fogo de dois meses na
Faixa de Gaza, que previa a libertação de dez reféns vivos e a negociação para
o fim da ofensiva militar israelense. O governo israelense segue apoiando a estrutura
proposta por Steve Witkoff, enviado da Casa Branca para o Oriente Médio.
Um funcionário israelense
confirmou à agência EFE, sob anonimato, que a recusa está relacionada à falta
de disposição do Hamas em avançar com um acordo e à decisão de Israel de se
manter fiel ao plano de Witkoff.
“O que vi do Hamas é
decepcionante e completamente inaceitável”, afirmou Witkoff ao site Axios.
Ainda assim, a nova proposta
apresentada pelo mediador palestino-americano Bishara Bahbah contava com a
aprovação e colaboração de Witkoff, segundo uma fonte palestina ouvida pela
EFE.
De acordo com essa fonte, o plano
incluía um cessar-fogo de 60 dias e a libertação de 10 reféns israelenses
vivos, em duas etapas. Já o Hamas pedia um cessar-fogo de 70 dias e a
libertação de 10 reféns — cinco vivos e cinco mortos — também em duas fases.
“A primeira leva de reféns seria solta no primeiro
dia do acordo, e a segunda, no sétimo dia, com a entrada de mil caminhões
diários de ajuda humanitária”, explicou a fonte. “Esse acordo está sobre a
mesa. O Hamas deveria aceitá-lo”, afirmou Witkoff.
A Faixa de Gaza ainda enfrenta
uma grave escassez de alimentos, medicamentos e suprimentos básicos. Poucos
caminhões com ajuda conseguem entrar no território, e a carga é inspecionada e
pode ser retida pelas autoridades israelenses no lado palestino do enclave,
além dos riscos de saqueamento.
A proposta também inclui o
compromisso de Israel de negociar o fim da guerra durante o período de
cessar-fogo, com garantia pessoal do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, além
de uma promessa do Hamas e de outras facções palestinas de não ameaçar a
segurança de Israel.
Bahbah foi o mediador responsável
pelas negociações que levaram à libertação do soldado israelense-americano Edan
Alexander em 12 de maio, supostamente sem o conhecimento prévio do governo de
Israel.
Com informações da AFP e da EFE

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