Uma reportagem do Wall Street Journal coloca em xeque a transparência dos dados econômicos divulgados pelo governo chinês. Segundo o jornal americano, informações cruciais sobre a economia da China estariam sendo manipuladas para apresentar um cenário mais otimista do que o real.
O artigo aponta que estatísticas
fundamentais como o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), o desemprego
entre os jovens, dados do setor imobiliário e exportações vêm sendo omitidos ou
apresentados de forma não transparente. Um dos exemplos citados é um estudo do
banco Goldman Sachs, que, ao utilizar metodologia própria cruzando dados de
gastos domésticos e importações, estimou um crescimento do PIB chinês de 3,7%
em 2024. O número diverge da taxa oficial divulgada pelo governo, que aponta um
crescimento de 5% no mesmo período.
Outra economista, da Universidade
de Pequim, questionou os dados sobre o desemprego juvenil, sugerindo que a taxa
real seria de 46,5%, contra os 21,3% oficialmente alegados em 2023.
O Wall Street Journal destacou
seis áreas cujos dados foram omitidos ou alterados nos últimos anos:
- Crescimento do PIB: Divergências entre estimativas
de Goldman Sachs (3,7%), Rhodium Group (2,4%) e o índice oficial de 5% em
2024.
- Desemprego entre jovens: Dados permaneceram meses
sem divulgação e a taxa foi revisada de 21,5% para 14,5%, após exclusão de
estudantes em busca de trabalho.
- Óbitos cremados: Estatísticas interrompidas desde
2022.
- Produção de shoyu: Indicador econômico relevante
que deixou de ser publicado em 2021.
- Investimento estrangeiro: Atualização em tempo real
foi suspensa a partir de 2024.
- Vendas de imóveis: Estatísticas não divulgadas
desde 2022.
Gazeta Brasil
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