A administração do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, elevou a tarifa total imposta sobre produtos chineses para 145%, número superior aos 125% anunciados anteriormente. A nova taxa foi confirmada na quinta-feira (9) após a divulgação do texto oficial do decreto que modifica as chamadas “tarifas recíprocas”.
A confusão inicial sobre os
valores se deu porque, além do aumento anunciado, já estavam em vigor outras
tarifas de 20% relacionadas a questões como o tráfico de fentanil e imigração
ilegal — medidas implementadas por Trump em fevereiro e março. A publicação do
decreto revelou que os 125% se referem apenas às tarifas recíprocas, somando-se
aos encargos anteriores e elevando o total a 145%.
A CNBC foi o primeiro veículo a
identificar a diferença nos valores, que agora representa um novo patamar nas
barreiras comerciais entre Estados Unidos e China.
Além disso, outros produtos
chineses podem enfrentar taxas ainda mais altas nas próximas semanas, caso
medidas específicas por setor, implementadas durante o primeiro mandato de
Trump e ampliadas sob a gestão de Joe Biden, continuem em vigor. Embora o novo
decreto contenha exceções para determinados setores, grande parte desses
ajustes está ligada a promessas anteriores de Trump sobre tarifas direcionadas.
A polêmica teve início quando
Trump publicou que aumentaria “a tarifa cobrada da China pelos Estados Unidos
da América para 125%, com efeito imediato”. Outros membros de sua equipe também
repetiram esse valor, sem mencionar as tarifas adicionais. O decreto publicado
confirmou que a nova taxa entrou em vigor nesta quinta-feira.
A escalada ocorre em meio a uma
semana conturbada no mercado financeiro. Na quarta-feira (8), Trump surpreendeu
ao anunciar uma pausa de 90 dias nas tarifas recíprocas para todos os países —
exceto a China. Segundo ele, a decisão veio após perceber que “as pessoas
estavam ficando nervosas”. A declaração impulsionou os mercados, com o índice
S&P 500 registrando a maior alta desde 2008, subindo mais de 9,5%. No
entanto, os ganhos perderam força na quinta-feira com o retorno do foco para as
tensões com Pequim.
Segundo o secretário do Tesouro,
Bessent, a tarifa elevada “reflete a insistência da China em escalar o
conflito”. Ele ainda declarou que “a China é a economia mais desequilibrada da
história do mundo” e o “maior problema do comércio dos EUA”.
As medidas reforçam o esforço da
Casa Branca em isolar a economia chinesa ao mesmo tempo em que busca fortalecer
laços com países vizinhos ao gigante asiático.
Gazeta Brasil
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