Com a chegada do caixão do papa à
Basílica de São Pedro nesta quarta-feira (23), as autoridades italianas
fecharam completamente os acessos ao Vaticano e as ruas adjacentes
A cidade de Roma se encontra em
estado de alerta máximo e segurança devido ao funeral do papa Francisco,
programado para sábado (26). Centenas de milhares de fiéis e figuras políticas
de todo o mundo são esperados na Cidade Eterna para dar o último adeus ao
pontífice argentino, que faleceu na segunda-feira aos 88 anos. A capital
italiana, conhecida por seu tráfego caótico e sua infraestrutura saturada, se
prepara para semanas de intensa atividade que se estenderão até o conclave em maio, no
qual os cardeais escolherão o novo papa.
O desafio logístico de segurança
é colossal. Estima-se a chegada de entre 150 e 170 delegações estrangeiras,
incluindo líderes como o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, os
mandatários Luiz Inácio Lula da Silva, Javier Milei, os reis da Espanha e Bélgica,
além do príncipe William.
Com a chegada do caixão do papa à
Basílica de São Pedro nesta quarta-feira (23), as autoridades italianas
fecharam completamente os acessos ao Vaticano e as ruas adjacentes. Rigorosos
controles de segurança foram estabelecidos, incluindo revistas de mochilas,
raio-x, patrulhamento constante da polícia italiana, carabineiros e a
gendarmaria do Vaticano. Ao todo, 2.000 agentes estão destacados de forma
permanente na área.
Despedida segura
Além das medidas terrestres, foi
delimitada uma zona de exclusão aérea sobre Roma que funcionará 24 horas por
dia. Também foram impostas unidades antidrone com sistemas de interferência de
sinal para evitar qualquer atividade suspeita. Aviões de combate estão em
alerta para intervir, se necessário, e atiradores de elite estão
estrategicamente posicionados nos telhados ao longo da Via della Conciliazione
e da colina Gianicolo.
Helicópteros da polícia sobrevoam
constantemente o centro histórico de Roma. A Proteção Civil italiana também
desempenha um papel fundamental na operação. De acordo com Pierfrancesco
Demilito, chefe da assessoria de imprensa da agência, entre 2.000 e 2.500
voluntários serão mobilizados para ajudar os fiéis que se dirigem à Praça de
São Pedro.
Além disso, cerca de 500 médicos
e enfermeiros, juntamente com ambulâncias, estarão disponíveis na área graças à
coordenação com a região de Lazio. Demilito explicou que um plano modular está
em vigor para aumentar a capacidade de resposta em caso de necessidade. Embora
seja impossível prever o número exato de participantes, as autoridades estimam
a presença de pelo menos 250.000 fiéis, número semelhante ao do funeral do papa
Bento XVI, em 2023.
Em 2005, Roma recebeu cerca de
200 delegações e mobilizou mais de 10.000 agentes de segurança para o funeral
do pontífice João Paulo II. O evento coincide com o início do Jubileu, o ano
sagrado da Igreja Católica, o que poderia aumentar ainda mais o fluxo de pessoas.
A logística é particularmente complicada devido às obras de infraestrutura que
já estavam afetando a cidade e à sobrecarga dos sistemas de transporte.
A atmosfera em Roma é solene,
tensa e sobrecarregada, com fortes medidas de segurança que lembram os grandes
momentos históricos da Igreja. Apesar dos inconvenientes para cidadãos e
turistas, o objetivo é garantir uma despedida segura e digna para um papa que
marcou profundamente o cenário religioso e político do mundo com sua mensagem
de paz, justiça social e reconciliação.
Com informações da AFP
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