Larissa Ferrari denunciou que o
atleta teria praticado agressões, intimidações e manipulações emocionais
durante o relacionamento extraconjugal
Rio - O jogador francês Dimitri
Payet, do Vasco, está sendo investigado pela Polícia Civil após ser acusado de
agredir física e psicologicamente a advogada catarinense Larissa Natalya
Ferrari, de 28 anos. Segundo a denúncia, o atleta teria praticado intimidações
e manipulações emocionais durante o relacionamento extraconjugal com a vítima.
Larissa disse ao DIA que
conheceu Payet em agosto de 2023, quando ele a abordou pelo Instagram
utilizando um perfil falso e pediu o seu WhatsApp. O jogador é casado com
uma francesa e tem quatro filhos.
"Conheci o Dimitri através
do Instagram, ele me procurou por um perfil fake e me mandou uma mensagem
falando: 'Visualizei seus stories com o meu perfil original, mas eu não posso
te chamar por lá. Te achei bonita, se puder me passar seu Whatsapp'",
detalhou a advogada
Os encontros presenciais
começaram em setembro, e, de acordo com a vítima, o vínculo evoluiu para
conversas diárias. Foi em dezembro que, segundo ela, os episódios de violência
psicológica começaram.
"Ele começou a me convencer
que eu só podia confiar nele, que era só nele que eu podia acreditar, que as
pessoas em volta não eram confiáveis. Que eu tinha decepcionado ele porque
disse para pessoas próximas que estava com ele. Então, ele começou a usar o
termo 'punição'. Ele começou a me dar mais tapas fortes, antes mesmo da relação
sexual, pisar no meu rosto, nas pernas, se tornou mais agressivo a partir desse
momento", afirmou Larissa.
Em janeiro deste ano, Payet teria
tido uma crise de ciúme e passou a exigir vídeos nos quais Larissa se humilhasse
como forma de "provar" seus sentimentos.
"A gente só foi se ver em
fevereiro, foi a primeira vez que ele foi extremamente agressivo
fisicamente comigo. Houve empurrões, xingamentos verbais... A gente teve
relações sexuais que, apesar deu consentir, eu estava psicologicamente
amedrontada, me senti vulnerável porque se eu não fizesse, ele falou que eu
tinha que ir embora", desabafou.
O caso foi registrado em março na
Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Jacarepaguá, no Rio, como violência
psicológica. Posteriormente, a vítima também procurou uma delegacia no Paraná,
onde o caso foi classificado como ameaça e violência doméstica e familiar. Foi
lá que Larissa solicitou uma medida protetiva contra o jogador. De acordo com
os registros, os episódios de agressão teriam ocorrido entre os dias 28 de
janeiro e 9 de março.
"Ele sempre reforça o
quanto eu estava errada e merecia ser punida. Com meu transtorno de Borderline
isso se torna mais efetivo, porque a pessoa tem medo de abandono. Estou
extremamente mal emocionalmente, fazendo acompanhamento psicológico e psiquiátrico,
para que eu lide com crises de ansiedade, conseguir ter ânimo de acordar e
conseguir dormir", desabafou.
A Polícia Civil informou que as
investigações estão em andamento e que Payet será ouvido nos próximos dias. A
reportagem de O DIA tentou contato com o jogador, mas não
obteve retorno. O espaço segue aberto para eventuais manifestações.
O Dia
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