DF - PRISÃO/BRAGA NETTO/PF/ARQUIVO - POLÍTICA - FOTO DE ARQUIVO DE 13/03/2020. O Ministro da Casa Civil, Walter Braga Neto, concede entrevista à imprensa sobre a evolução da Covid-19, no Salão Oeste do Palácio do Planalto, em Brasília (DF). A Polícia Federal prendeu, na manhã deste sábado, 14, o general da reserva Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa e candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro (PL). Ele foi detido em Copacabana, no Rio de Janeiro, em uma operação que contou com o apoio do Exército. Braga Netto será entregue ao Comando Militar do Leste, onde ficará sob custódia das Forças Armadas. O mandado de prisão preventiva por obstrução da Justiça foi expedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF). 13/03/2020. DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO
Advogados deram entrada em um
recurso chamado embargo de declaração, que não têm o poder de alterar a
essência da decisão, e servem apenas para sanar pontos que não ficaram claros
no julgamento
A defesa do general Walter Braga Netto foi
a primeira a apresentar recurso contra a decisão da Primeira Turma do Supremo
Tribunal Federal (STF) que
tornou réus os integrantes do “núcleo crucial” do plano de golpe. Os advogados
deram entrada em um recurso chamado embargo de declaração – usado para
questionar eventuais omissões, contradições ou “obscuridades” no acórdão. Os
embargos não têm o poder de alterar a essência da decisão, o mérito, e servem
apenas para sanar pontos que não ficaram claros ou não foram abordados no
julgamento. Um dos questionamentos é sobre os vídeos do 8 de Janeiro de 2023 e
do atentado a bomba em Brasília, em dezembro de 2022, exibidos no plenário a
pedido do ministro Alexandre
de Moraes.
Os advogados José Luís Oliveira
Lima, Rodrigo Dall’Acqua, Rogério Costa, Millena Galdiano e Bruno Dallari
Oliveira Lima afirmam que os episódios extrapolam os limites da denúncia da
Procuradoria-Geral da República (PGR) e colocam a defesa em uma posição
desfavorável. “Há que se respeitar estritamente os limites da acusação, senão a
atuação jurisdicional deixa de ser equidistante e favorece a acusação. É
exatamente o que ocorreu ao se trazer aos autos os episódios não narrados na denúncia,
em um verdadeiro reforço à materialidade por meio de vídeos desses episódios
alheios ao objeto da denúncia”, diz o recurso.
A defesa pede que as referências
sejam suprimidas do acórdão. Os advogados também alegam que a Primeira Turma
não analisou o argumento de que a delação do tenente-coronel Mauro Cid deve ser
anulada por interferência indevida do ministro Alexandre de Moraes. “O acórdão
ora embargado deixou de enfrentar tal tese devidamente, incorrendo em omissão,
com o devido respeito.” A defesa reitera que não teve acesso a todas as provas
obtidas pela Polícia Federal.
Ao receber a denúncia, a Primeira
Turma do STF iniciou um processo criminal contra Braga Netto, o ex-presidente Jair Bolsonaro e
outras seis pessoas. A íntegra do acórdão foi disponibilizada no dia 11 de
abril. Com a publicação, as defesas podem apresentar seus recursos.
JP
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