O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou agravamento do seu estado de saúde e permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), sem previsão de alta, conforme boletim médico divulgado nesta quinta-feira (24). De acordo com a equipe que acompanha o ex-chefe de Estado, houve elevação da pressão arterial e piora dos exames laboratoriais hepáticos. Ele segue sob cuidados intensivos e está impedido de receber visitas.

“O ex-Presidente Jair Bolsonaro
permanece internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em acompanhamento
pós-operatório. Apresentou piora clínica, elevação da pressão arterial e piora
dos exames laboratoriais hepáticos. Será submetido hoje a novos exames de
imagem. Continua em jejum oral e com nutrição parenteral exclusiva. Segue com a
fisioterapia motora e as medidas de prevenção de trombose venosa. Persiste a
recomendação de não receber visitas e não há previsão de alta da UTI”, diz o
comunicado oficial da equipe médica.
Internado no Hospital DF Star, em
Brasília, Bolsonaro foi submetido a uma cirurgia no último dia 13, após sentir
dores e distensão abdominal durante uma agenda no Rio Grande do Norte. O
procedimento, realizado devido a uma obstrução intestinal, durou 12 horas e,
segundo os médicos, foi realizado “sem intercorrências e sem necessidade de
transfusão de sangue”.
Desde então, o ex-presidente
segue sendo monitorado. “Estou sem febre e com a pressão arterial controlada”,
afirmou Bolsonaro nas redes sociais no início da semana, quando relatou a
retirada dos drenos abdominais e a troca do curativo da incisão cirúrgica. No
entanto, o novo boletim indica uma piora em seu quadro, exigindo ainda mais
atenção da equipe médica.
O cardiologista Leandro
Echenique, que acompanha o caso, explicou que intervenções cirúrgicas desse
porte geram uma resposta inflamatória no corpo, o que pode resultar em
intercorrências, como alterações na pressão e risco de infecções. Bolsonaro
continua sendo alimentado por via venosa, sem previsão para retomada da
alimentação oral.
Apesar da recomendação expressa
de não receber visitas, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, esteve com
Bolsonaro na terça-feira (22), contrariando as orientações médicas.
Na quarta-feira (23), o
ex-presidente também foi formalmente intimado sobre a abertura de uma ação
penal no Supremo Tribunal Federal (STF), enquanto ainda estava na UTI. A
intimação ocorreu após ele aparecer em uma transmissão ao vivo nas redes
sociais. Diante da exibição, o STF entendeu que havia condições para a
comunicação formal e autorizou a diligência.
A defesa de Bolsonaro reagiu. Em
nota publicada nas redes sociais, o advogado Paulo Cunha Bueno criticou a
entrega da intimação em ambiente hospitalar, alegando que “contraria o Código
de Processo Penal, que veda citação de pessoa em estado grave de saúde”.
Gazeta Brasil
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