Os presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e do Chile, Gabriel Boric, celebraram nesta terça-feira (22) os 189 anos de relações bilaterais, destacando a importância da cooperação entre os dois países sul-americanos. Durante evento no Palácio do Planalto, onde foram assinados acordos bilaterais, os líderes enfatizaram a necessidade de união diante dos desafios globais.
“A história nos ensinou que
somente trabalhando juntos podemos surgir. Que ninguém pode se salvar sozinho
em um mundo com grandes desafios de crise migratória, de crise climática, com
desafios imprevisíveis como foi com a pandemia da Covid e talvez outras venham
no futuro, não sabemos. Temos o dever de trabalhar juntos”, afirmou Boric.
O presidente chileno também
ressaltou a relevância do Brasil como “um aliado estratégico com quem compartilhamos
valores em tempos difíceis no mundo”. Lula, por sua vez, criticou a visão de
outros países em relação à América Latina, defendendo que a região não deve ser
governada “para 35% da população como se o restante da sociedade fosse tratado
como invisíveis”.
“Hoje, em um cenário de incerteza
mundial, principalmente em matéria econômica, mas não se limita somente a isso,
é mais relevante reafirmarmos nossos vínculos e dizer que aqui, na América do
Sul, somos países amigos e vamos seguir trabalhando juntos na defesa de
princípios que nos importam, para o Chile e para o mundo”, disse Boric.
“Companheiro Boric é muito jovem, mas tem boa
experiência acadêmica e sabe que nossos países eram induzidos a se tratarem
como inimigos”, afirmou Lula. “Brasil olhava para a Europa e EUA e ficava de
costas para a América Latina. E ela também olhava por cima do Brasil para
Europa e EUA.”
Os presidentes, acompanhados de
seus ministros, assinaram oito acordos bilaterais de cooperação nas áreas de
comércio exterior, segurança pública e justiça, coprodução audiovisual,
agricultura familiar, intercâmbio de oficiais e inteligência artificial, além
de outros cinco atos de cooperação.
“Temos a convicção e não
esquecemos para quem estamos trabalhando. Que são os mais desfavorecidos, os
mais pobres, os mais necessitados e as grandes classes médias, que também em
países em vias de desenvolvimento como chile e brasil são importante força nos
nossos respectivos países”, concluiu o petista.
Gazeta Brasil
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