3/11/2025

‘Narcoterrorismo’ e ‘ditadura religiosa’: Polícia Alvo de ‘Resort’ de Luxo de Peixão em Operação no RJ; Assista!


Na manhã desta terça-feira (11), a Polícia Civil e a Polícia Militar realizaram uma operação no Complexo de Israel, na Zona Norte do Rio de Janeiro, com o objetivo de demolir imóveis de luxo pertencentes a Álvaro Malaquias Santa Rosa, conhecido como Peixão, chefe da facção Terceiro Comando Puro (TCP). A ação visa destruir o “Resort Green” em Parada de Lucas, uma propriedade de alto padrão que, segundo investigações, foi construída com dinheiro proveniente do tráfico de drogas e serve como base para o armazenamento de armas e entorpecentes.

A operação foi marcada por confronto armado, com tiroteios intensos durante a chegada das equipes policiais. A Avenida Brasil chegou a ser fechada temporariamente, mas o tráfego foi retomado por volta das 6h. A Supervia também foi afetada, com trens do Ramal Saracuruna não circulando entre Caxias e Penha até a última atualização da reportagem.

De acordo com a Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), o resort de Peixão foi construído de forma irregular em uma área de preservação ambiental, com desmatamento e alteração do curso d’água local. O “Resort Green” conta com um lago privado, piscina e até mesmo uma academia de ginástica, equipada com modernos aparelhos de musculação.

Álvaro Malaquias Santa Rosa é apontado como um dos criminosos mais procurados do estado do Rio de Janeiro. Sua trajetória no crime começou em 2015 e, desde então, ele acumulou ao menos 50 registros policiais, incluindo 20 mandados de prisão. Seus crimes incluem tráfico de drogas, homicídios, tortura, assaltos e ocultação de cadáveres.

Peixão é conhecido por seu domínio no Complexo de Israel, uma região que inclui Parada de Lucas, Vigário Geral, Cidade Alta, Cinco Bocas e Pica-pau, onde símbolos da Estrela de Davi e da bandeira israelense são comuns. A facção liderada por Peixão tem como principal rival o Comando Vermelho (CV), com intensas disputas territoriais pelo controle da área.

O delegado Felipe Curi, chefe da Polícia Civil, afirmou que é necessário um tratamento mais rigoroso contra narcotraficantes como Peixão, que não hesitam em utilizar táticas de terrorismo contra a população para tentar interromper as operações policiais. “Ele impõe uma ditadura religiosa, expulsa pessoas com crenças diferentes e não podemos permitir isso”, completou Curi.

Peixão permanece foragido e, até o momento, não foi preso pelas autoridades. A operação é mais um passo no esforço das forças de segurança para combater o tráfico de drogas e a violência no Rio de Janeiro.

Gazeta Brasil

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