Tiroteio no Rio: Enquanto caos e desespero tomam conta da Avenida Brasil e Linha Vermelha, homem se esconde de tiros, canta e critica STF | Rio das Ostras Jornal

Tiroteio no Rio: Enquanto caos e desespero tomam conta da Avenida Brasil e Linha Vermelha, homem se esconde de tiros, canta e critica STF


Na tarde desta quarta-feira (12), um tiroteio de grandes proporções gerou caos e transtorno para motoristas e passageiros na Avenida Brasil e na Linha Vermelha, na altura da Cidade Alta. O confronto armado, que envolveu uma operação policial, resultou em três pessoas baleadas e atingiu dois helicópteros da polícia, além de provocar a interrupção do tráfego nas vias em ambos os sentidos.

Imagens compartilhadas nas redes sociais captaram momentos de pânico, com motoristas abandonando seus veículos e buscando abrigo nas muretas das avenidas para se proteger dos disparos. No transporte público, passageiros de um ônibus BRT, visivelmente desesperados, pediam ao motorista para seguir sem parar, temendo as balas perdidas.

Em um dos vídeos viralizados, um homem, tentando se esconder do tiroteio, canta a música “País Tropical” de Jorge Ben Jor, mas altera a letra, dizendo: “Vamos cantar embaixo de tiro”. Ele canta: “Moro num país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza. Todo dia tem tiroteio.” Acompanhado pela melodia, o homem faz uma crítica à atuação do Supremo Tribunal Federal (STF), em referência à “ADPF das Favelas”, uma medida judicial que está em tramitação há cerca de cinco anos e gerou intensos debates sobre segurança pública no Rio de Janeiro.

A ADPF 635 foi ajuizada pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB) e, desde 2020, tem sido alvo de controvérsias. A medida, que restringe operações policiais nas favelas do Rio de Janeiro, foi tomada em um momento crítico da pandemia de Covid-19, após uma operação policial que resultou na morte de 13 pessoas no Complexo do Alemão.

O confronto de hoje teve início com uma operação das polícias Civil e Militar, com base em informações de inteligência, para capturar Álvaro Malaquias Santa Rosa, conhecido como Peixão, um dos traficantes mais procurados da cidade. O suspeito estava escondido em uma residência no Complexo de Israel, composto por várias comunidades, incluindo Cidade Alta e Vigário Geral, áreas densamente povoadas.

Durante a operação, criminosos bloquearam ruas com barricadas e atearam fogo em um caminhão, tentando dificultar a entrada das forças de segurança. No auge do tiroteio, dois helicópteros da Polícia Militar foram atingidos por disparos, sendo forçados a realizar pousos de emergência no Comando Naval da Marinha, na Penha. Um dos helicópteros atingidos pertencia ao Grupamento Aeromóvel (GAM).

Duas das vítimas baleadas estavam em um ônibus que passava pelo local e foram encaminhadas para o Hospital Getúlio Vargas, na Penha. O estado de saúde dos feridos ainda não foi divulgado.

Em razão do confronto, o tráfego de trens no ramal Gramacho foi interrompido como medida de segurança, e o funcionamento do BRT foi suspenso no trecho entre as estações Cidade Alta e Mercado São Sebastião.

Gazeta Brasil

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