O exercício militar coincidirá com a entrega dos corpos de quatro reféns israelenses assassinados pelo Hamas durante seu cativeiro em Gaza, após meses de tortura e condições desumanas.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) realizarão um exercício militar no norte da Faixa de Gaza na manhã desta quinta-feira, em meio ao acordo de cessar-fogo vigente com o grupo terrorista Hamas.
De acordo com um comunicado
publicado na rede social X, a operação incluirá um movimento significativo de
veículos e forças de segurança na região.
As autoridades israelenses
garantiram que não há risco de incidentes de segurança relacionados à manobra,
embora não tenham fornecido detalhes adicionais sobre sua natureza ou alcance.
O exercício militar coincidirá
com a entrega dos corpos de quatro reféns israelenses assassinados pelo Hamas
durante seu cativeiro em Gaza, após meses de tortura e condições desumanas.
As Brigadas Al Quds, o braço
armado da Jihad Islâmica, anunciaram que entregarão o corpo de Oded Lifshitz,
um homem de 83 anos, a quem atribuem falsamente a morte aos bombardeios
israelenses.
O Exército israelense realizará
uma cerimônia litúrgica dentro de Gaza no ponto de encontro com o pessoal do
Comitê Internacional da Cruz Vermelha, que mediará, como nos trocas anteriores,
entre esses e os milicianos.
As FDI esperam que a entrega
ocorra pela manhã, como nas últimas semanas, embora não tenha confirmado uma
hora específica.
À cerimônia comparecerão um
rabino e membros das famílias dos falecidos, confirmou o jornal The
Times of Israel.
Os caixões, que estarão envoltos
com bandeiras de Israel, viajarão em veículos militares para o centro forense
Abu Kabir, em Tel Aviv, onde começará um processo de identificação e
determinação da causa da morte, cuja duração pode variar conforme o estado dos
corpos.
Israel não libertará os
prisioneiros palestinos correspondentes pelos quatro cadáveres até que estes
sejam identificados, embora o Exército estime que sua liberação ocorra no
sábado, juntamente com os libertados em troca dos seis reféns ainda vivos.
O Governo de Israel recebeu nesta
quarta-feira a lista dos quatro reféns falecidos que serão entregues nesta
quinta-feira. Entre eles estão os membros da família Bibas, que foram
sequestrados pelo Hamas em 7 de outubro e permaneceram em condições
desconhecidas durante meses.
As imagens do sequestro de Shiri
Bibas e seus filhos, Ariel (4 anos) e Kfir (9 meses), chocaram Israel e o
mundo. Os vídeos, gravados e divulgados pelos próprios terroristas do Hamas,
mostravam a mãe e as crianças sendo arrancadas de sua casa perto da fronteira
com Gaza.
O pai dos menores, Yarden Bibas,
foi sequestrado separadamente e libertado em uma troca de prisioneiros em 1º de
fevereiro.
“Se recebermos uma notícia devastadora,
deve vir dos canais oficiais após a conclusão de todos os procedimentos de
identificação”, disse a família em um comunicado.
Testemunhos de outros libertados
denunciaram a brutalidade com que os terroristas trataram os cativos.
Como parte do acordo de trégua,
os grupos terroristas concordaram em liberar seis reféns vivos, cuja entrega
está programada para sábado. O general de Brigada Gal Hirsch, coordenador para
os Reféns e Desaparecidos, informou às famílias dos mortos.
“Neste momento difícil, nossos corações estão
com as famílias enlutadas”, declarou o escritório do primeiro-ministro
israelense em um comunicado.
O Comitê Internacional da Cruz
Vermelha (CICV), que atua como intermediário nas negociações, instou para que
as liberações sejam feitas de maneira “privada” e “digna”.
O organismo humanitário lembrou
que “qualquer tratamento degradante durante as operações de liberação é
inaceitável”, referindo-se à exibição propagandística que o Hamas fez em
entregas anteriores de reféns.
O ministro das Relações
Exteriores de Israel, Gideon Saar, antecipou que esta semana começarão as
conversas sobre a segunda fase do acordo, que pode abrir caminho para o fim do
conflito.
Enquanto isso, um alto
funcionário do Hamas, Taher al-Nunu, afirmou que o grupo terrorista está
disposto a liberar todos os reféns restantes em uma única troca na segunda
fase. Não especificou quantos cativos permanecem nas mãos do Hamas e outras
facções armadas.
Com informações de EFE e AFP
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