Parlamentares da oposição realizaram um ato na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (11), em um movimento para pressionar pelo avanço da proposta de anistia para os envolvidos nos ataques extremistas de 2023. O evento teve como foco o pedido de perdão de Vanessa Vieira, moradora de Rondônia, que viajou a Brasília acompanhada dos seis filhos para pedir a anistia para o marido, Ezequiel Ferreira Luis, condenado a 14 anos de prisão pelos atos de vandalismo no Palácio do Planalto.
“Estou aqui com a minha família, porque junto
com a condenação do meu marido há 14 anos, eu, uma mulher, fui condenada. Mãe
de seis crianças também condenadas a viver longe do pai”, declarou Vanessa
durante o ato, reforçando o apelo emocional por um perdão que alivie o
sofrimento de sua família.
Ezequiel Ferreira Luis foi
condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pelos crimes de associação
criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de
Estado, e outros delitos envolvendo danos ao patrimônio público e uso de
substâncias inflamáveis. Ele foi preso em flagrante no Palácio do Planalto
durante os ataques de 8 de janeiro, mas ainda está foragido, sem cumprir a
pena.
O ato na Câmara foi marcado por
gritos de “Anistia, já” e contou com a presença de deputados opositores que
defendem o perdão para os envolvidos nos eventos de 2023. O líder da oposição,
deputado Zucco (PL-RS), afirmou que entrariam em contato com o presidente da
Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para pressionar por uma reunião. “Nós
vamos entrar em contato com o presidente Hugo Motta ainda hoje”, declarou.
Após o evento, os parlamentares
acompanharam a família até a Presidência da Câmara para tentar uma audiência
com Motta. O relator do projeto da anistia na Comissão de Constituição e
Justiça (CCJ), deputado Rodrigo Valadares (União-SE), também participou da
mobilização.
Enquanto isso, a oposição segue
lutando para que a proposta de anistia avance, colocando em discussão a questão
das penalidades impostas aos envolvidos nos ataques e os impactos emocionais
para as famílias dos condenados.
Gazeta Brasil
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