Construindo uma saúde mais inclusiva em Rio das Ostras
Por Angel Morote
Na última quarta-feira, 19, aconteceu o 1° Fórum da Saúde de 2025 com o tema "Desafios e Perspectivas sobre a Saúde Mental de Rio das Ostras". Foi um assunto que me chamou a atenção, mas, isolando a palavra "perspectiva", fico com "desafios" ou "desafio". Os sinônimos de "perspectiva" incluem ponto de vista, entendimento, pensamento, visão, sentido, ângulo, ótica, óptica, prisma e por aí vai.
Entrando na palavra "desafio", é importante interpretar que todos os usuários da saúde do nosso município serão beneficiados com a nova gestão. Acho louvável, pois será um retorno para nós, contribuintes, já cheios de esperança, uma vez que temos um médico cirurgião, conhecedor do SUS, como ator principal comandando a secretaria, com uma equipe técnica gabaritada para adequar tudo o que é necessário para dar qualidade de vida aos usuários.
Já sabendo que o vice-prefeito e secretário de Saúde, Fábio Simões, tem carta branca na sua pasta, ele destacou a importância de um olhar mais atencioso para a saúde mental e anunciou, em primeira mão, a criação da Secretaria de Inclusão. Essa nova secretaria trará mudanças significativas para o município, incluindo um atendimento especializado para autistas.
Quero ir além, com um olhar esperançoso, não apenas de oferecer, mas de garantir qualidade de vida para todas as pessoas com deficiências motoras, visuais, auditivas, mentais, intelectuais, psicossociais ou múltiplas. Para isso, podemos começar capacitando os servidores municipais para o atendimento humanizado das pessoas com deficiência, desde a recepção até o internamento, com intérpretes/tradutores da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), além do fornecimento de órteses, próteses e insumos de qualidade. Também é fundamental garantir atendimento psicológico e psiquiátrico imediato para essas pessoas, proporcionando suporte essencial para sua saúde mental e bem-estar.
É claro que, para isso acontecer, precisamos de verba. Mesmo que o município tenha seu orçamento anual e volte a receber verbas do cofinanciamento estadual, como anunciado, também é necessário contar com uma equipe de profissionais captadores de recursos. Além disso, é fundamental ter uma equipe técnica dedicada à coleta e digitação das produções de todas as unidades e postos de saúde, garantindo o retorno da verba aplicada pelo atendimento via SUS. O município pode buscar recursos de programas federais e estaduais, como o Programa Nacional de Atenção à Saúde da Pessoa com Deficiência (PRONAS/PCD), que financia ações de reabilitação, e o Fundo Nacional de Saúde (FNS), que destina verbas para serviços especializados. Além disso, há recursos do Programa Estadual de Saúde Inclusiva e do cofinanciamento da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), que podem ser fundamentais para ampliar a assistência.
Esse é o nosso desafio, uma palavra que envolve expertise, coragem, determinação e empatia.
Enfim, não penso em pessimismo, mas em esperança. Há muito por fazer e
a necessidade de ação é evidente. Clamamos por uma saúde de qualidade.
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