Em sua primeira entrevista como presidente do Senado à GloboNews, Davi Alcolumbre (União-AP) declarou que a discussão sobre a anistia de presos e condenados do 8 de janeiro de 2023 não irá pacificar o Brasil. Segundo ele, o Congresso Nacional não deve se dedicar a agendas que intensifiquem a polarização do país. “Esse assunto não vai pacificar o Brasil”, afirmou. Para o senador, deve-se buscar a conciliação. Alcolumbre ainda lembrou que foi eleito com 73 votos, o que, em sua visão, prova que sua aliança é ampla e afirmou ser de centro, que busca o “consenso”.
“Se nós continuarmos trazendo à tona assuntos
que trazem a discórdia em vez da concórdia, nós vamos passar nos corredores do
Senado Federal e ver senadores de diferentes partidos agredindo uns aos outros.
[…] Nós não precisamos debater os extremos”, disse.
Ao ser eleito, Alcolumbre
conversou por telefone com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e negou que
tenha tratado de anistia. Também descartou que o ex-chefe do Executivo tenha
colocado a medida como condição para o Partido Liberal apoiar sua eleição na
Casa Alta. “Na nossa conversa, nós tratamos de liberdade. De liberdade
partidária. De pacificação do Brasil a partir do Senado. E ele compreendeu
isso. Nunca houve uma imposição de uma agenda. Nem do presidente Lula, nem do PT,
nem do presidente Bolsonaro, nem do PL”, declarou o presidente da Casa Alta. O
senador também disse ser um político de centro: “Eu quero ser uma voz que possa
propor o consenso”.
Davi Alcolumbre também afirmou
que vai “fortalecer o poder Legislativo” e que não vai “abrir mão” das
competências de seu mandato. “Eu vou respeitar todas as outras, desde que as
outras [prerrogativas dos outros Poderes] não estejam interferindo nas minhas.
Fico com as minhas prerrogativas e os outros Poderes ficam com as suas prerrogativas”,
afirmou. O senador também falou sobre o que pretende fazer para assegurar uma
estabilidade na relação entre Legislativo, Executivo e Judiciário: “Quando um
poder acha que é maior que outro poder, a gente cria crise institucional. Quero
ser um elo de ligação para que a gente não venha promover mais crise. Nós já
estamos com muito problema”.
Gazeta Brasil
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