Coreia do Norte Realiza Maior Roubo de Criptomoedas da História | Rio das Ostras Jornal

Coreia do Norte Realiza Maior Roubo de Criptomoedas da História


A Coreia do Norte realizou seu maior roubo de criptomoedas até agora, subtraindo aproximadamente US$ 1,4 bilhão em Ethereum (cerca de 400.000 moedas) da exchange de criptomoedas ByBit. O CEO da empresa, Ben Zhou, anunciou na segunda-feira que a ByBit conseguiu levantar novos fundos para cobrir o déficit e que a plataforma pode atender a todos os saques. Contudo, muitos lembram de outra exchange que fez uma promessa similar antes de sua falência repentina.

A ByBit está oferecendo uma recompensa de 10% por qualquer quantia recuperada, mas pesquisadores de segurança alertam que uma parte significativa dos fundos roubados já foi lavada e provavelmente não poderá ser recuperada. Como as transações de criptomoeda são registradas em blockchain público, os pesquisadores rapidamente identificaram o Lazarus Group, um grupo de hackers patrocinado pelo estado norte-coreano, como responsável pelo roubo. Segundo o TechCrunch, muitos dos fundos roubados da ByBit estavam sendo misturados com valores de outros roubos atribuídos à Coreia do Norte, conforme afirmou Tom Robinson, cofundador da empresa de monitoramento de blockchain Elliptic.

O Lazarus Group tem um histórico de outros roubos de criptomoedas, incluindo o ataque à Axie Infinity, onde foram subtraídos US$ 625 milhões. A Coreia do Norte aperfeiçoou suas habilidades de hacking em criptomoedas após as sanções econômicas impostas em 2017, que proibiram a exportação de produtos norte-coreanos em resposta aos testes nucleares do país.

As criptomoedas, por serem descentralizadas, permitem transações sem a necessidade de um banco ou regulador, dificultando o congelamento de fundos. No caso do ataque à ByBit, acredita-se que o Lazarus tenha utilizado táticas de engenharia social para enganar funcionários da exchange, fazendo-os aprovar uma transação aparentemente rotineira, mas que permitiu a alteração do contrato e o controle de uma carteira com fundos de clientes. Esse incidente destaca a vulnerabilidade de muitas exchanges, onde a segurança depende de decisões humanas.

A Coreia do Norte continua a acumular criptomoedas roubadas ao longo dos anos e utiliza serviços de mistura para obscurecer a origem e o destino dos fundos, dificultando a conversão em dinheiro real. Isso leva alguns céticos a argumentarem que hacks como esse demonstram a necessidade de regulamentação para o setor. Eles apontam que a Coreia do Norte não poderia roubar moeda fiduciária da mesma forma, pois teria que transferi-la por meio de uma rede global de bancos sujeitos a rígidas leis contra lavagem de dinheiro e KYC (conheça seu cliente).

Por outro lado, defensores das criptomoedas argumentam que fraudes também ocorrem com moeda fiduciária e que serviços de mistura de criptomoedas são uma questão de privacidade pessoal. Indivíduos ricos ou dissidentes, por exemplo, devem ter a liberdade de proteger seus fundos para evitar se tornar alvos. Kim Jong Un, sem dúvida, concorda com essa ideia. E, ironicamente, o ex-presidente Trump, com sua própria memecoin, também se posiciona como um simpatizante da indústria.

Gazeta Brasil

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