Em uma entrevista concedida à CNN Brasil nesta quinta-feira, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) comentou sobre os possíveis candidatos da direita para as eleições presidenciais de 2026. Durante a conversa, Bolsonaro afirmou que sua esposa, Michelle Bolsonaro (PL), poderia ser uma candidata à Presidência, e ele não descartou a possibilidade de ser nomeado ministro da Casa Civil caso ela vença a disputa.
“Michelle pode ser candidata à Presidência em
2026”, disse Bolsonaro, que até então considerava a ex-primeira-dama como uma
forte candidata ao Senado pelo Distrito Federal nas próximas eleições.
Bolsonaro, que está inelegível
até 2030 devido a uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de
poder político, também mencionou outros nomes da direita que poderiam concorrer
com seu apoio em 2026. Entre eles, destacou o governador de São Paulo, Tarcísio
de Freitas (Republicanos), e o seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
Sobre Tarcísio, Bolsonaro foi
elogioso: “Excelente gestor, ninguém nega isso aí. Tem que conversar com o
povo, saber o que acha dele, para saber se ele está maduro para representar a
direita ou não.”
Quanto a Ronaldo Caiado
(governador de Goiás), Bolsonaro foi mais cauteloso: “É um estado com pequena
densidade eleitoral. É muito bem avaliado lá, mas não sai de lá. Qualquer saída
fora não tem aceitação, não tem nome.”
Sobre o governador de Minas
Gerais, Romeu Zema, o ex-presidente se mostrou cauteloso também: “Um bom
administrador também, mas, no meu entender, conhecido mais em Minas Gerais
ainda. Conversei com ele há um tempo atrás. No dia seguinte, apareceu a
candidatura dele para presidente. Eu tirei o pé. Você precisa, né? Ele tem
idade e tem popularidade. Do resto a gente não conhece, eu não conheço o resto
dele. É um excelente nome para o Senado. Para a Presidência, não sei se está
maduro para isso ainda.”
Bolsonaro também falou sobre o
seu filho Flávio Bolsonaro, senador e considerado o “01” da família. Ele
elogiou a experiência do filho e a sua habilidade como articulador político:
“Tem uma experiência, um bom articulador. É um baita de um nome. Não é porque é
meu filho, assim como o Eduardo, uma pessoa madura… Tem um vasto conhecimento,
de mundo, inclusive. Podem ser opções.”
Apesar de estar afastado da
corrida presidencial por questões legais, Bolsonaro segue se posicionando como
uma figura central na política da direita no Brasil, afirmando que não
endossará nenhum candidato para o Palácio do Planalto “até os 45 do 2º tempo”,
uma alusão aos minutos finais de uma partida de futebol, sugerindo que ainda há
tempo para avaliar as opções.
Gazeta Brasil
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