Relatório encaminhado ao STF
detalha que Silveira gastou cerca de 1h30 em deslocamento que deveria durar 43
minutos
A Polícia
Federal apontou que o ex-deputado
federal Daniel Silveira levou o dobro do tempo previsto para
chegar ao Hospital Santa Tereza, em Petrópolis (RJ), quando foi atendido em 21
de dezembro do ano passado. O relatório, encaminhado ao STF (Supremo Tribunal
Federal) na segunda-feira (13), detalha que Silveira gastou cerca de 1h30 no
deslocamento, que deveria durar 43 minutos, considerando os 25 quilômetros de
percurso.
Conforme registrado, Silveira
deixou um condomínio às 21h32 e chegou ao hospital às 22h59, onde foi atendido
por queixas de dor lombar irradiando para o flanco. Ele relatou ao plantonista
histórico de insuficiência renal. Após permanecer no hospital até 0h37,
retornou ao condomínio, trajeto que durou 54 minutos, e ficou no local até
1h55.
A defesa de Silveira sustentou
que Silveira “foi buscar a esposa para acompanhá-lo ao hospital e,
posteriormente, a deixou no mesmo local e foi para sua casa, onde está
registrado no sistema”. O advogado, Paulo Faria, afirma que o relatório da PF
confirma as justificativas apresentadas anteriormente.
“As diligências realizadas pela
Polícia Federal, inclusive violando o sigilo médico, são a prova de que tudo
que foi relatado é verdade”, disse o advogado, que considerou a prisão do
ex-deputado desproporcional.
Liberdade e retorno à prisão
Silveira, condenado a 8 anos e 9
meses de prisão por estimular atos antidemocráticos e atacar ministros do STF,
acumulou diversas passagens pela prisão desde 2021. Solto em 20 de dezembro de
2024 sob liberdade condicional, ele deveria cumprir medidas cautelares, como
uso de tornozeleira eletrônica e permanência em casa entre 22h e 6h.
No entanto, o monitoramento
apontou que, no dia seguinte à soltura, Silveira violou as restrições. Embora
sua defesa tenha alegado urgência médica, ele passou mais de uma hora em um
shopping antes de ir ao hospital. A PF concluiu que o tempo excessivo no
trajeto merece explicações adicionais.
O ministro do STF Alexandre de
Moraes solicitou que a PGR (Procuradoria-Geral da República) e a defesa do
ex-deputado se manifestem sobre o relatório.
A defesa reafirmou que Silveira
buscou sua esposa para acompanhá-lo ao hospital e que todas as ações estavam
registradas no sistema de monitoramento.
R7
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