Policiais civis da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), com o apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), do Departamento-Geral de Polícia da Capital (DGPC) e da Polícia Militar, deflagraram, nesta segunda-feira (13/01), a "Operação Torniquete" contra integrantes de uma associação criminosa responsável por fomentar e autorizar diversos crimes, incluindo roubo de veículos. Entre os delitos com envolvimento do grupo está um roubo a uma agência bancária localizada no Centro do Rio, ocorrido em 2023. A ação ocorreu nas comunidades dos Prazeres, Fallet e Fogueteiro, em Santa Teresa, e Parque União e Nova Holanda, no Complexo da Maré. Ao todo, quatro pessoas foram presas nas diligências relacionadas à operação. Houve ainda 12 veículos recuperados e drogas apreendidas.
As investigações revelaram que o
roubo foi parte de um plano arquitetado por uma associação criminosa composta
por membros dessas comunidades, inclusive com a autorização do gerente geral do
tráfico de drogas no Morro dos Prazeres. Essas localidades estão diretamente
ligadas ainda à prática de crimes que financiam as atividades das facções
criminosas, suas disputas territoriais e ainda garantem pagamentos a familiares
de faccionados, estejam eles detidos ou em liberdade.
As investigações conduzidas pela
DRE revelaram que o roubo não foi um ato isolado, mas parte de um plano
arquitetado por uma associação criminosa composta por membros de diferentes
comunidades do Rio de Janeiro. Durante o inquérito policial, outros envolvidos
no crime foram identificados, incluindo o gerente geral do tráfico de drogas no
Morro dos Prazeres, que teria autorizado a execução do roubo.
A investigação destacou ainda que
o grupo criminoso realizou um planejamento meticuloso antes do roubo ao banco.
Os autores realizaram reconhecimento prévio da agência e dividiram-se em funções
específicas, como olheiros, operadores de rádio e integrantes do grupo de
assalto. Essa estrutura organizada foi fundamental para a execução do crime,
demonstrando o alto grau de articulação dos criminosos.
As investigações apontaram que os
membros da quadrilha são oriundos de comunidades como Morro dos Prazeres,
Parque União e Nova Holanda, todas sob influência da maior facção do estado.
Essas localidades, além de serem pontos estratégicos para o tráfico de drogas,
estão diretamente associadas à prática de crimes como roubo de veículos e de
cargas, afetando a segurança pública e a economia local.
Outro ponto relevante apurado
pelos agentes é que os crimes praticados pelos integrantes do grupo não são
apenas tolerados pelos chefes do tráfico de drogas dessas comunidades, mas, em
muitos casos, contam com autorização expressa dessas lideranças. Essa
constatação reforça a tese de que o tráfico de drogas não apenas convive com
outras práticas ilícitas, mas também fomenta e organiza atividades criminosas
que impactam a sociedade como um todo.
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