Novo procurador-geral de Justiça anuncia foco na segurança pública e no combate à criminalidade | Rio das Ostras Jornal

Novo procurador-geral de Justiça anuncia foco na segurança pública e no combate à criminalidade


O procurador-geral de Justiça, Antonio José Campos Moreira, assumiu o cargo nesta sexta-feira (17/01) com metas definidas. O objetivo central será resgatar a importância do MP no enfrentamento da criminalidade pois, defende o PGJ, a instituição não pode se omitir ou adotar uma posição de espectadora diante do atual cenário no estado.

O PGJ destacou a importância da união de esforços para combater a criminalidade. “Nós, como representantes da sociedade, precisamos trabalhar em parceria, dentro dos limites constitucionais, para resolver o problema. Iremos atuar com diálogo, respeito e independência, não admitindo a usurpação de nossas atribuições. Apoiaremos todas as ações legítimas dos órgãos de segurança, mas também atuaremos para coibir possíveis desvios de condutas ou abusos cometidos, que são exceções e existem não apenas nas forças de segurança, mas em todas as instituições", pontuou.

Antonio José acrescentou que a população do estado vive em um ambiente de criminalidade exacerbado. “Por mais que o estado e os órgãos de segurança se empenhem, passamos por uma situação difícil e o MP pode ser parceiro e trabalhar para a solução do problema, para que os níveis de criminalidade sejam, ao menos, aceitáveis. Não se pode aceitar um estado loteado por facções, sejam elas do tráfico de drogas, das milícias, ou de consórcios do tráfico com a milícia”, afirmou o PGJ.

Ainda segundo o procurador-geral de Justiça, é um equívoco achar que o crime organizado tem como única causa a desigualdade social. “Esta é uma visão completamente ultrapassada. O crime organizado produz muito dinheiro e precisamos nos estruturar para produzir uma investigação patrimonial mais qualificada. Prender é importante, mas asfixiar as organizações criminosas é ainda mais relevante. E as vítimas desse ambiente em que vivemos são, na maioria das vezes, pertencentes à parcela menos favorecida da sociedade, pessoas que moram em bairros outrora residenciais, mas que se tornaram localidades dominadas pela delinquência, e isso é inaceitável”, destacou.

"O MP fará o que é do MP, e não admitirá que outros se intrometam, muitas vezes com finalidade político-ideológica, em suas funções. O MP está completamente afastado dessas disputas e sua atuação tem que ser técnica e imparcial. Não permitiremos que haja ocupação indevida daquilo que é o espaço da instituição”, finalizou Antonio José.

Uma das medidas anunciadas pelo PGJ é o fortalecimento do Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ). A promotora Letícia Emile, que atuou na investigação dos homicídios da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, assumirá a coordenação do Grupo. O atual coordenador, Fabio Corrêa, seguirá no GAECO/MPRJ como subcoordenador.

Além disso, serão criados outros grupos especializados, como um voltado exclusivamente à Segurança Pública, e outro de combate aos crimes ambientais e à ocupação irregular do solo. A promotora de Justiça Simone Sibilio, que conduziu a investigação dos homicídios da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, estará à frente do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça Criminais (CAO Criminal/MPRJ), contribuindo na elaboração das diretrizes institucionais na área Penal. E a procuradora Patricia Glioche atuará na recém-criada SubProcuradoria-Geral de Justiça de Direitos Humanos e Proteção às Vítimas.

Por MPRJ

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