Os homens foram
denunciados pelo crime de organização criminosa, que inclui práticas de
homicídios, corrupção ativa e passiva, extorsão, peculato, crimes contra a lei
de licitações, porte e posse ilegal de armas, distribuição clandestina de sinal
de TV e internet, entre outros. A pedido do GAECO/MPRJ, o Juízo da 1ª Vara
Criminal Especializada determinou o afastamento do agente penitenciário de suas
funções públicas.
De acordo com os
promotores de Justiça, os denunciados desempenhavam papéis estratégicos na estrutura
da organização. Rodolfo Vasconcellos atuava como articulador político,
intermediando interesses da milícia com agentes públicos e organizando
campanhas eleitorais para candidatos apoiados pelo grupo. Já Júlio Aleixo, como
inspetor penitenciário, utilizava sua posição para facilitar ações da milícia,
garantir benefícios a seus membros no sistema prisional e repassar informações
privilegiadas.
As investigações
revelaram que a organização criminosa utilizava violência extrema e coerção
para consolidar seu domínio territorial e econômico, causando terror entre
moradores e comerciantes. Além disso, o grupo vinha se estruturando de forma
ainda mais sofisticada, com uma hierarquia bem definida e divisão de tarefas, e
buscava expandir sua influência por meio da infiltração na administração
pública.
Investigações
iniciadas em 2020 revelaram uma reunião entre líderes da organização criminosa
e pré-candidatos de Nova Iguaçu, Seropédica, Itaguaí, Queimados e adjacências.
Os pré-candidatos, em troca do apoio da milícia em suas campanhas, prometeram
conceder cargos públicos, controlar secretarias de governo e favorecer o grupo
em licitações fraudulentas. Parte dos integrantes do grupo foi denunciada na
operação Epilogue, deflagrada pelo GAECO/MPRJ.
Por MPRJ
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