O relatório do BC abrange as
contas de estatais federais, estaduais e municipais, com exceção dos grupos
Petrobras e Eletrobras, além dos bancos públicos, como a Caixa Econômica
Federal e o Banco do Brasil. O déficit das estatais federais foi o maior, com R$
6,7 bilhões, seguido pelas estatais estaduais, que registraram um saldo
negativo de R$ 1,3 bilhão, e as municipais, com R$ 39 milhões.
A secretária de Coordenação e
Governança das Empresas Estatais, Elisa Leonel, explicou que boa parte do
déficit registrado pelas estatais federais em 2024 é atribuída ao resultado
negativo dos Correios, que sozinhos apresentaram um déficit primário de R$ 3,2
bilhões no ano.
Apesar do resultado deficitário,
a ministra Esther Dweck, do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços
Públicos, destacou que isso não significa que a saúde financeira das empresas
está comprometida. Segundo Dweck, grande parte do déficit das estatais federais
está relacionada a investimentos feitos em 2024, e o mais importante é analisar
se as empresas estão registrando lucro ou prejuízo. “Empresas com lucros
expressivos podem apresentar déficit orçamentário devido a investimentos”,
afirmou.
A ministra citou exemplos de
estatais de tecnologia, como o Serpro e a Dataprev, que tiveram lucros líquidos
de R$ 426 milhões e R$ 385 milhões, respectivamente, até o terceiro trimestre
de 2024. Apesar disso, ambas apresentaram déficit orçamentário, evidenciando
que o saldo negativo não necessariamente compromete a saúde financeira da
empresa.
A Secretaria de Coordenação e
Governança das Empresas Estatais (Sest) revelou que, entre as 11 empresas que
encerraram 2024 com déficit primário, 9 delas apresentavam lucro em seus
resultados contábeis até o terceiro trimestre do ano. Das 20 estatais
analisadas, 16 devem terminar o ano com lucro.
Gazeta Brasil
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