Com o lançamento do Movimento Nacional pela Vacinação, em 2023, o estado tem avançado na reversão da queda na cobertura vacinal, alcançando resultados significativos na imunização infantil
Nos últimos dois anos, o Brasil
alcançou avanços significativos na cobertura vacinal da população. O Ministério
da Saúde registrou um aumento expressivo no número de municípios que superaram
a meta de 95% de imunização para as vacinas essenciais do calendário infantil.
Um exemplo disso é a vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola. A
meta para a primeira dose foi alcançada em 3.870 municípios brasileiros em
2024, frente às 2.485 cidades de 2022, o que representa um crescimento de
55,7%. No Rio de Janeiro, o número de municípios que atingiram a cobertura
vacinal superior à meta para esse imunizante subiu de 10, em 2022, para 44, em
2024. A alta também foi registrada na segunda dose da vacina, que passou de
três para 14 cidades.
O número de municípios que
atingiram a meta para a Vacina Oral Poliomielite (VOP) no Rio de Janeiro também
registrou crescimento, subindo de dois em 2022 para 27 em 2024. Esse avanço
acompanha o cenário nacional, que registrou um aumento de quase 93%, passando
de 1.466 cidades em 2022 para 2.825 em 2024. Em novembro, o Ministério da
Saúde substituiu a VOP, conhecida como gotinha, por uma dose de Vacina
Inativada Poliomielite (VIP) que é injetável, para deixar o esquema vacinal
ainda mais seguro. A nova estratégia para uso do imunizante injetável é mais um
passo para garantir que o Brasil se mantenha livre da poliomielite. O país está
há 34 anos sem a doença, graças à vacinação em massa da população.
Todos esses resultados refletem o
esforço do Governo Federal para reconstrução do Sistema Único de Saúde
(SUS), da confiança nas vacinas e da cultura de vacinação do país. O Brasil
vinha enfrentando graves quedas na cobertura vacinal desde 2016. Com o
lançamento do Movimento Nacional pela Vacinação, em 2023, o país reverteu
essa tendência de queda. Em 2024, 15 das 16 vacinas recomendadas para o
público infantil registraram aumento.
Para a ministra Nísia Trindade,
esses resultados demonstram o compromisso do Brasil com a proteção da
população. “Desde o início da gestão, nosso objetivo foi retomar e ampliar as
coberturas vacinais. Ao fortalecer o sistema de saúde e investir na atenção
primária, criamos condições para que a vacina chegue a todos os brasileiros. O
Movimento Nacional pela Vacinação foi um marco e com o apoio de parceiros
nacionais e internacionais, hoje colhemos os frutos desse trabalho”,
destacou.
A secretária de Vigilância
em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, reforçou a importância de levar a vacinação
para áreas de difícil acesso. “Conseguimos vacinar mais pessoas em 2023 do que
nos quatro anos anteriores, graças a um esforço conjunto e integrado. Chegar
até as comunidades mais isoladas, por meio da Operação Gota, por exemplo, foi
essencial para atingirmos essa meta e garantir a proteção de todas as crianças
e comunidades”, afirmou.
Demandas da população estão
asseguradas
No último mês, o Ministério da
Saúde enviou 100% da demanda de imunizantes apresentada pelos estados.
Todas as vacinas do calendário básico estão com estoques abastecidos. Segundo o
painel de distribuição, entre 2023 e 2024, foram enviadas mais de 604 milhões
de doses a todos os estados.
No caso das vacinas varicela e
tetraviral (que também possui o componente varicela), houve escassez de
matéria-prima mundialmente. O diretor do Programa Nacional de Imunizações,
Eder Gatti, reforçou que eventuais problemas serão resolvidos com os novos
fornecedores. “Garantimos abastecimento inclusive da varicela, que enfrentava
pendências, superando um problema por conta de fornecedores. Hoje, contamos com
três fornecedores para essa vacina, assegurando a normalização ao longo do
primeiro semestre de 2025”, detalhou.
Mesmo diante da dificuldade de
fornecimento, o Ministério da Saúde garantiu estoque estratégico da vacina
varicela para atendimento de situações de bloqueio surto e todos os pedidos
foram atendidos pela pasta, totalizando mais de 1,7 milhão de doses em
2024.
Em 2023, o Ministério da Saúde
retirou o sigilo dos estoques e dos descartes de vacinas e outros insumos. Mais
de 12,3 milhões de doses de vacinas que seriam perdidas foram utilizadas e, com
isso, foi evitado um desperdício de quase R$ 252 milhões. Em 2024, a pasta
anunciou mais de R$ 7 bilhões dentro do Plano de Vacina para 2025, sem contar
eventuais novas incorporações. O orçamento permite a compra de pelo menos 260
milhões de doses, garantindo o abastecimento em todo o país.
MS
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