A Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) decidiu cancelar a reunião de urgência que havia sido convocada para discutir as mudanças na política migratória dos Estados Unidos. A reunião foi marcada após o impasse entre o governo dos EUA e o presidente colombiano, Gustavo Petro, em torno da deportação de imigrantes, em uma crise que envolveu questões diplomáticas sensíveis entre os dois países.
A situação teve início quando
Petro rejeitou a entrada de dois aviões militares dos EUA com deportados
algemados e acorrentados, o que gerou uma forte reação da Casa Branca. Em
retaliação, o então presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou
sanções e tarifas de importação contra a Colômbia, com a possibilidade de um
aumento significativo nas tarifas, que poderiam chegar a 50%. A crise foi
amenizada após um acordo entre os dois governos, no qual as deportações foram
condicionadas a um “tratamento digno” para os imigrantes, conforme exigido por
Petro.
Apesar da tentativa de mediação,
a reunião convocada para discutir a situação foi cancelada devido à falta de
consenso entre os países membros da Celac. Em uma nota oficial, a presidência
pro tempore da organização, exercida por Honduras, informou que as decisões
dentro da Celac são tomadas por consenso. O governo hondurenho enfatizou que a
prioridade da Celac é promover a integração regional, a cooperação e a defesa
dos direitos dos migrantes, especialmente nas circunstâncias delicadas que
envolvem os Estados Unidos e os países da América Latina.
A nota também destacou que
Honduras tem buscado um debate contínuo sobre questões sensíveis, como a crise
humanitária no Haiti, a situação dos migrantes e os impactos sociais e
econômicos gerados pelas políticas migratórias, especialmente em relação aos
direitos dos migrantes em trânsito e dentro dos Estados Unidos.
A reunião de urgência foi
inicialmente convocada pela presidente hondurenha no domingo, após o episódio
com os deportados, mas a falta de entendimento entre os membros da Celac levou
ao cancelamento da cúpula. A crise entre os Estados Unidos e a Colômbia foi
oficialmente encerrada no domingo à noite, com a Casa Branca declarando que o
governo colombiano aceitou todos os termos de Trump relacionados às
deportações.
Gazeta Brasil
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