Uma ofensiva militar de Israel atingiu cerca de 25 quilômetros da região sudoeste de Damasco, capital da Síria, conforme informado por fontes de segurança sírias à agência Reuters nesta terça-feira (10). O movimento das tropas israelenses em território sírio ocorre após um ataque aéreo direcionado ao exército da Síria e a bases militares na noite anterior. Israel, no entanto, nega que tenha avançado em direção à capital síria.
A operação israelense aconteceu
dois dias após a queda do presidente Bashar al-Assad, derrubado por uma aliança
rebelde. De acordo com uma fonte de segurança síria ouvida pela Reuters, as
tropas de Israel chegaram também a Qatana, localidade situada a cerca de 10
quilômetros da Síria, a leste de uma zona desmilitarizada.
Ao portal Poder360,
as Forças de Defesa de Israel desmentiram as informações divulgadas na imprensa
sobre um suposto avanço de tanques israelenses em direção a Damasco,
classificando-as como falsas. Israel reiterou que não pretende se envolver no
conflito interno sírio e justificou que a incursão em uma zona tampão no
território vizinho foi uma medida defensiva. A ação foi criticada por Egito,
Arábia Saudita e Catar, que alertaram que a medida poderia comprometer as
chances da Síria de recuperar a estabilidade.
Na segunda-feira (9), o
primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu declarou que as Colinas de
Golã, ocupadas por Israel há quase 60 anos, fazem parte do território
israelense “para a eternidade”. A região oferece uma vantagem estratégica em
relação a Israel, Líbano e Síria. O chanceler israelense reforçou que a área é
essencial para garantir a segurança e a soberania do país, enquanto ordenava
que tropas fossem deslocadas para uma zona tampão, patrulhada pela ONU, que
separa o território controlado por Israel do território sírio.
Por meio do Telegram oficial, as
Forças de Defesa de Israel informaram que, no domingo (8), forças de
paraquedistas, juntamente com tropas de engenharia, infantaria e blindados,
estão em atividade defensiva no terreno para prevenir ameaças e estão
posicionadas em pontos estratégicos dentro da zona tampão. As operações estão
sendo conduzidas sob o comando das 474ª e 810ª brigadas regionais, ao longo da
fronteira entre Israel e Síria.
Relatos de fontes de segurança
regionais e de oficiais do exército sírio indicaram que intensos bombardeios
aéreos de Israel atingiram instalações militares e bases aéreas em diversas
regiões da Síria, destruindo helicópteros, jatos e equipamentos da Guarda
Republicana em Damasco e áreas próximas. Israel informou ao Conselho de
Segurança da ONU que as operações, descritas como “medidas limitadas e
temporárias”, visam garantir a segurança do país sem interferir no conflito
interno da Síria.
Gazeta Brasil

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