Temer compara atos de 8 de janeiro com protestos de 2017 contra reforma da Previdência | Rio das Ostras Jornal

Temer compara atos de 8 de janeiro com protestos de 2017 contra reforma da Previdência


Em evento realizado nesta segunda-feira, 25, em São Paulo, o ex-presidente Michel Temer (MDB) fez uma comparação entre os atos de vandalismo de 8 de janeiro de 2023 e os protestos contra a reforma da Previdência que ocorreram em 2017, durante seu governo. Durante sua participação no evento promovido pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), Temer abordou a crescente polarização política no Brasil e fez uma análise do cenário político atual, comparando-o com o do Reino Unido, que, segundo ele, seria um exemplo de democracia em funcionamento.

 “Invadiram prédios agora em 8 de janeiro. Mas vocês se lembram que no meu governo, quando nós cuidávamos da reforma da Previdência, as centrais sindicais mandaram 1.600 ônibus lá, que incendiaram ministérios, tentaram invadir o Congresso, viraram carros, queimaram carros”, afirmou o ex-presidente.

Ao refletir sobre a radicalização política no País, Temer relembrou que um de seus ministros sugeriu que as Forças Armadas fossem chamadas para atuar em uma missão de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), mas decidiu, ao invés disso, focar no futuro. “Seis horas (da tarde) terminou tudo. Houve noticiário à noite e no dia seguinte de manhã. Mas, quando deu meio-dia, a imprensa me entrevistou, e eu disse: se o episódio é de ontem, ontem é passado. Eu não falo do passado, vou falar do futuro”, disse ele.

Além disso, Temer fez uma reflexão sobre a política no Brasil, destacando que, em caso de derrota eleitoral, a busca pela destruição do adversário não contribui para a governabilidade e prejudica o povo. “Aqui é o seguinte, se eu perder a eleição, o meu dever é destruir aqueles que ganharam. Isso prejudica a governabilidade e prejudica, portanto, o povo”, afirmou.

Ao final do evento, o ex-presidente foi questionado sobre o indiciamento de Jair Bolsonaro (PL) e os planos de assassinato contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Temer garantiu que não há risco para a democracia, afirmando que “embora haja tentativas, o fato é que não vão adiante. Não vão adiante porque não há clima no país. E, convenhamos, golpe para valer, você só tem quando as Forças Armadas estão dispostas a fazer”. Ele também minimizou a participação dos militares no plano e afirmou que não se tratava de uma ação institucional. “Participaram figuras”, concluiu.

Gazeta Brasil

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