Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio, na manhã desta quinta-feira (19).
A Polícia Federal prendeu um caçador suspeito de integrar uma rede criminosa de tráfico nacional e internacional de micos-leões-dourados. A prisão ocorreu na manhã desta quinta-feira (19) em Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio.Segundo a Polícia Federal, a
Operação Cifra Dourada busca desarticular essa rede criminosa, que é
especializada na captura de animais silvestres da fauna brasileira ameaçados de
extinção.
Na ação, os agentes federais
cumpriram, em Cabo Frio, mandado de busca e apreensão expedido pela 2ª Vara
Federal de Niterói. O alvo, segundo as investigações, é responsável por
fornecer os animais ao grupo. Durante as buscas, os policiais apreenderam
armadilhas de caça de micos.
"O investigado foi preso em
flagrante pelos crimes de caça profissional de animal silvestre, por manter em
cativeiro de forma ilegal animais silvestres, por maus-tratos e pelo uso de
anilha falsa. Além disso, ele também responderá pelos crimes de receptação
qualificada e pelo crime de perigo para a vida ou saúde de outrem",
divulgou a Polícia Federal, que encaminhou o preso à Delegacia de Meio Ambiente
(DMA), na Superintendência da PF no Rio de Janeiro.
Micos resgatados neste ano
Alguns micos-leões-dourados
apreendidos em operação neste ano são do Parque Natural do Mico-Leão-Dourado em
Cabo Frio — Foto: Polícia Federal/Divulgação
Em fevereiro de 2024, a Polícia
Federal, por meio da Operação Akpé, repatriou
17 micos-leões-dourados e 12 araras-azuis-de-lear. Os animais foram vítimas
de tráfico internacional e estavam no Togo, país situado na África Ocidental.
Entre
os micos resgatados, três são do Natural Municipal do Mico-Leão Dourado, em
Cabo Frio.
A identificação da origem
geográfica foi possível por meio de uma ação integrada entre a Polícia Federal,
o Centro de Primatologia do Rio de Janeiro, o ICMBio, o IBAMA e a Associação
Mico Leão Dourado.
"A PF ainda irá realizar
Perícia Criminal Federal para estimar quais espécimes haviam sido retirados
recentemente da natureza, quais estavam em cativeiro por alguns meses e aqueles
que já estavam em cativeiro há mais de um ano. Foi coletado material biológico
dos animais para aprofundamento dos exames periciais, e serão utilizadas tanto
metodologias tradicionais, como análise morfológica e sanitária dos espécimes,
quanto inovadoras, como as análises isotópicas e genéticas", disse a PF.
Por g1 — Cabo Frio
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