Considerados próximos do atual
governo venezuelano, Lula e Petro expressaram ‘profunda preocupação’ com o
mandado de prisão emitido pela Justiça venezuelana contra Edmundo González
Urrutia, opositor de Maduro
O ministro do Interior da Venezuela e número dois do atual governo do
país, Diosdado Cabello, negou que Nicolás Maduro esteja planejando
participar de uma reunião com os presidentes de Brasil, Colômbia e México para discutir a crise pós-eleitoral.
Cabello contrariou a declaração do ministro das Relações Exteriores da
Colômbia, Luis Gilberto Murillo, que disse na terça-feira (3) que Maduro
“provavelmente” realizaria uma reunião virtual com o brasileiro, Luiz Inácio
Lula da Silva, e com o colombiano, Gustavo Petro, que lideram os esforços para
uma negociação entre o presidente venezuelano e a oposição, após as denúncias
de fraude nas eleições de 28 de julho. Maduro foi proclamado reeleito pelas
instituições locais.
Segundo o regime, ele teve 52%
dos votos. A oposição, porém, garante que o processo foi fraudulento. “Esse
homem (Murillo) acredita que pode vir e enfiar o nariz na Venezuela”, criticou
Cabello, em seu programa semanal de televisão. “Esse é o chanceler da Colômbia,
mas, na verdade, ele não é o chanceler da Colômbia, é o chanceler dos EUA na Colômbia.” Considerados próximos do
atual governo venezuelano, Lula e Petro expressaram, na terça-feira, “profunda
preocupação” com o mandado de prisão emitido pela Justiça venezuelana
contra Edmundo González Urrutia,
adversário de Maduro em julho. O opositor está escondido, na clandestinidade.
Lula já tinha endurecido seu
discurso contra Maduro. Na semana passada, ele afirmou que não reconheceria sua
vitória, embora a da oposição também não. O brasileiro rejeitou aceitar a
reeleição sem que o chavismo divulgasse as atas de votação. Ainda durante seu
programa na TV, que foi ao ar na noite de quarta-feira (4), Cabello assegurou
que tem a localização exata de González Urrutia. “Vou levá-lo a um amigo meu
que é o ministro do Interior e Justiça”, disse Cabello, rindo. Segundo ele, o
opositor estaria “em uma conhecida municipalidade opositora”. María Corina
Machada, outra líder da oposição venezuelana, impedida de participar das
eleições, afirmou que o mundo deve reconhecer González como “presidente
eleito”. “O mundo sabe que Maduro foi derrotado”, disse.
Ainda que não reconheçam a
reeleição de Maduro, os países têm sido cautelosos em usar o termo “presidente
eleito” para se referir a González Urrutia. Após anunciar, em 30 de julho, que
reconhecia o opositor como presidente eleito, o Peru voltou atrás ontem,
dizendo que não há nenhuma comunicação oficial que ateste esse posicionamento.
A declaração marca uma virada de posição após o anúncio que causou o rompimento
das relações diplomáticas com a Venezue(Com agências internacionais).
*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Marcelo Bamonte
Jovem Pan
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado pelo seu comentario.
Fique sempre ligado do que acontece em nossa cidade!