O programa, que tem sido alvo de críticas e ações legais por parte da oposição conservadora, faz parte dos esforços do governo Biden para conter a migração na fronteira sul. EFE/EPA/MICHAEL REYNOLDS
Departamento de Segurança Interna
dos EUA (DHS) confirmou que, após uma pausa de quase quatro semanas, reiniciou
o programa, que permite a entrada mensal de até 30 mil pessoas destes países em
solo americano
O governo dos Estados Unidos retomou,
ontem (29), a concessão de permissões humanitárias para migrantes de Cuba, Haiti, Nicarágua e Venezuela, que permitem
que pessoas desses países viajem e entrem legalmente no país e que haviam sido
suspensas no início do mês para investigar possíveis fraudes. O Departamento de
Segurança Interna dos EUA (DHS) confirmou que, após uma pausa de quase quatro
semanas, reiniciou o programa, que permite a entrada mensal de até 30 mil
pessoas destes quatro países nos EUA e a obtenção de uma permissão de trabalho
por um período de dois anos. Em declaração por escrito, o DHS explicou que o
processo de triagem foi aprimorado, especialmente a triagem dos patrocinadores
daqueles que se inscrevem em um formulário conhecido como “parole”.
“O DHS incorporou uma verificação
adicional dos patrocinadores sediados nos EUA para fortalecer a integridade do
processo”, declarou a agência. O programa, que começou no final de 2022 apenas
para cidadãos venezuelanos e mais tarde foi expandido para incluir as outras
três nacionalidades, permitiu que quase meio milhão de migrantes entrassem nos
EUA, de acordo com dados do DHS. Em 2 de agosto, o DHS suspendeu a concessão de
autorizações de viagem “enquanto realizava uma análise dos pedidos de
patrocínio”. Para solicitar a autorização, os migrantes precisam ter um
patrocinador nos EUA que já tenha status legal e demonstre renda suficiente
para sustentar financeiramente o beneficiário do programa.
As medidas de verificação
aprimoradas anunciadas incluem, entre outras coisas, um exame mais minucioso
dos registros financeiros e dos antecedentes criminais dos patrocinadores, além
de métodos para identificar vários pedidos feitos por um único patrocinador.
Como parte do novo processo, a Diretoria de Detecção de Fraude e Segurança
Nacional dos Serviços de Cidadania e Migração dos EUA e o Centro Nacional de
Identificação de Alvos da Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA estão
formando uma parceria para implementar protocolos para a identificação de
vários patrocinadores. O DHS informou que os dois órgãos fizeram uma parceria
para implementar protocolos de triagem novos e aprimorados.
A agência federal também exigirá
agora a coleta de impressões digitais dos patrocinadores e o reforço das
verificações de antecedentes dos possíveis beneficiários. O programa, que tem
sido alvo de críticas e ações legais por parte da oposição conservadora, faz
parte dos esforços do governo Biden para
conter a migração na fronteira sul. A medida, somada às restrições ao asilo que
o governo vem implementando nos últimos dois anos, contribuiu para reduzir o
número de pessoas destes quatro países que são presas na fronteira com o México.
Por Jovem Pan
*Com informações da EFE
Publicado por Marcelo Bamonte
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