Caso Anic: em mensagem, amante diz que ‘cinzas já estão passeando pelo rio’; MPRJ pede que réus por sumiço respondam por morte | Rio das Ostras Jornal

Caso Anic: em mensagem, amante diz que ‘cinzas já estão passeando pelo rio’; MPRJ pede que réus por sumiço respondam por morte

Anic de Almeida Peixoto Herdy 
 Foto: Reprodução/TV Globo

'A referida mensagem comprova a morte de Anic', diz promotor em aditamento à denúncia. O g1 teve acesso ao documento. Defesa de réu concede entrevista nessa sexta-feira.

Novas provas obtidas pela 105ª DP (Petrópolis) fizeram com que o Ministério Público pedisse que os quatro réus por extorsão mediante sequestro e desaparecimento de Anic Peixoto Herdy, também respondam pela morte da vítima.

Mensagens trocadas entre Lourival Correa Netto Fadiga, o Gordo ou Fatica, e Rebecca Azevedo dos Santos, apontada como amante dele, revelam que há muitos indícios que ela pode ter sido assassinada.

A defesa de Lourival vai conceder uma entrevista coletiva nesta sexta-feira. A advogada Flávia Fróes diz que está tratando uma colaboração premiada com o Ministério Público.

O g1 teve acesso ao aditamento à denúncia feito no dia 15 de agosto. Segundo o documento, Rebecca mandou uma mensagem para Lourival no dia 17 de março, 20 dias dias após o desaparecimento de Anic, no dia 29 de fevereiro. O caso foi revelado pelo Fantástico em maio.

Na mensagem, ela escreveu para o amante:

"Cinzas já estão passeando pelo rio".

Lourival responde em seguida: "Muito bom", acompanhado de uma figurinha de sorriso.

"A referida mensagem comprova a morte de Anic, sendo que seus restos mortais já estariam distantes da possibilidade de serem encontrados", diz um trecho do aditamento à denúncia feito pelo promotor Paulo Yutaka Matsutani. O corpo da vítima nunca foi encontrado.

Prejuízo de R$ 4,6 milhões

Segundo o Ministério Público, o sequestro de Anic rendeu R$ 4,6 milhões para Lourival, Rebecca e os dois filhos de Lourival, Maria Luísa e Henrique.

O valor foi pago pelo então marido de Anic, Benjamin Cordeiro Herdy, que deu o dinheiro do resgate da vítima sem saber que estava sendo vítima de extorsão por Lourival e seus comparsas, de acordo com as investigações. Lourival trabalhava para Benjamin e era tratado como um funcionário de confiança.

"Assim, coube ao denunciado Lourival a função de arquitetar todo o plano criminoso, contando com os demais denunciados para sua execução", diz o promotor no documento.

O aditamento ainda cita a frequente comunicação entre os réus antes, durante e depois do sequestro e a exigência do pagamento de resgate, além da participação dos filhos de Lourival.

Henrique, filho de Lourival, recebeu U$ 175 mil, entregues através de um intermediário, em um dos momentos que Benjamin entregou dinheiro para pagar o suposto resgate da vítima. Foram pelo menos 40 depósitos, de acordo com as investigações.

O promotor lembrou também que as provas atestam que os réus compraram itens de luxo com o dinheiro do resgate, como um carro e uma moto, e que a filha de Lourival montou uma loja de celulares que teria sido criada especificamente para "lavar" o dinheiro obtido com o crime.

Investigações apontam que parte do dinheiro foi investida em criptomoedas. A quantia foi rastreada e devolvida à família de Benjamin Cordeiro Herdy. A lavagem de dinheiro será investigada pela Polícia Federal.

Por Henrique Coelho, g1 Rio

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