Uma situação revoltante toma conta da mídia de Angra dos Reis. A jornalista Danielle Afif, editora do Jornal A CIDADE de Angras dos Reis, um dos principais da região, recebeu uma carta anônima que a alertava para um possível atentado contra sua vida. Foto: Reprodução
Segundo a jornalista, ela recebeu
o envelope na última sexta-feira (19), na sede do jornal, um pouco antes de
sair para fazer uma cobertura. Na carta, um morador do Morro da Caixa D'Água
que não se identificou alertava Danielle sobre uma tentativa de assassinato
contra ela.
A reportagem de A TRIBUNA teve
acesso a tal carta, que dizia que funcionários públicos e pré-candidatos
políticos se reuniram com traficantes no Morro da Caixa D'Água em um churrasco
e que acordaram o assassinato da jornalista pelo valor de R$ 50 mil.
Por envolver agentes políticos,
Danielle procurou o Ministério Público Criminal e o Eleitoral, além da
delegacia da Polícia Civil da cidade.
Danielle registrou o caso na 166º
DP (Angra dos Reis). No Boletim de Ocorrência (B.O), que A TRIBUNA também teve
acesso, diz que “a comunicante (Danielle) alega ter sido ameaçada de morte por
políticos pré-candidatos e funcionários públicos do município, que associaram-se
a traficantes do Morro do Caixa D água para realizarem a conduta criminosa”.
Além disso, o documento oficial
da polícia ainda cita que "a denúncia entregue via postal à comunicante
relatou que os autores da execução já receberam R$ 5O mil para realizarem o ato
ilícito. A comunicante também relata neste a denúncia de um churrasco no mesmo
bairro para a ratificação de um acordo eleitoral entre traficantes e políticos
locais”.
Não foi apenas Danielle que foi
ameaçada segundo os dizeres da carta, mas sua família também seria alvo do
atentado descrito. De acordo com o envelope recebido pela jornalista, ela e a
família já estão sendo monitorados pelos criminosos.
Danielle é moradora de Angra dos
Reis desde que nasceu e atua no meio jornalístico da cidade por meio do Jornal
A CIDADE há mais de 25 anos. A jornalista acredita que as ameaças se deram
pelas críticas políticas e ao crime local tecidas por ela em seu veículo da
mídia, um dos maiores do município.
Em contato com A TRIBUNA, a
jornalista mandou uma mensagem em relação às ameaças sofridas.
“Eu não vou permitir ser
ameaçada, não vou permitir ser coagida por interesses que não coletivos. As
pessoas de Angra não podem continuar sendo refém de políticos que só querem o
bem próprio, muito menos de bandidos, de todas as esferas. Sejam eles de
colarinho branco, ou melhor, encardido, ou de colarinho sujo, ou de bandido de
morro. Nós não vamos admitir isso." Declarou Danielle.
Segundo a Polícia Civil, o caso
foi registrado na 166º DP (Angra dos Reis) e as diligências estão em andamento
para esclarecer os fatos.
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