Segundo o presidente do
Congresso, algumas divergências precisam ser alinhadas com o Palácio do
Planalto, especialmente sobre o aumento da alíquota da contribuição social
sobre o lucro líquido dos bancos
A votação no Senado sobre a
desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia deve ser adiada.
A falta de acordo entre o Congresso Nacional e o governo é o principal motivo.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG),
afirmou que a votação deve ocorrer na próxima semana. Pacheco mencionou
divergências que precisam ser alinhadas com o Palácio do Planalto,
especialmente sobre o aumento da alíquota da contribuição social sobre o lucro
líquido dos bancos, que poderia gerar cerca de R$ 7 bilhões. O presidente da
Casa Alta se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
para discutir a desoneração da folha de pagamento e a dívida dos Estados.
Pacheco afirmou que esses pontos devem ser discutidos na próxima semana ou até
mesmo amanhã. Ele ressaltou a necessidade de resolver a questão antes do
recesso parlamentar, que começa em 18 de julho.
O governo pode pedir ao STF
(Supremo Tribunal Federal) um atraso no prazo para que Legislativo e Executivo
entrem em acordo sobre a compensação da desoneração da folha. Em junho, o
Congresso devolveu uma medida provisória ao governo devido a questões
relacionadas ao PIS e Cofins na compensação. O prazo de 60 dias para resolver
essa questão termina em 10 de agosto, e o governo considera pedir um atraso de
um ou dois meses. Pacheco mencionou que há pontos de vista divergentes entre o
Ministério da Fazenda, os Estados e o Senado, e que é necessário alinhar esses
pontos. A expectativa é que, com mais tempo, seja possível encontrar uma
solução que atenda aos interesses de todos os setores envolvidos.
Por Jovem Pan
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