A Polícia Civil de São Paulo decidiu investigar o vereador Rubinho Nunes (União Brasil-São Paulo) por suposto “abuso de autoridade” ao propor uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar o padre Julio Lancellotti.
Rubinho Nunes já protocolou dois
pedidos de abertura de CPIs na Câmara Municipal de São Paulo. O primeiro, em
dezembro de 2023, visa investigar ONGs que atuam na Cracolândia.
O segundo pedido, apresentado em
março deste ano, busca apurar casos de abuso e assédio sexual contra pessoas
vulneráveis, incluindo usuários de drogas e pessoas em situação de rua na
capital. Segundo Rubinho, o padre estaria lucrando com a miséria no centro da
cidade.
Apesar de Lancellotti não ser
citado nominalmente, o vereador disse expressamente que o padre teria motivado
os pedidos de CPI.
Nunes afirma que Lancellotti é
alvo de “denúncias gravíssimas de abuso sexual” e lucra “com a miséria no
centro de SP”.
A instauração do inquérito foi
determinada pela 4ª Promotoria de Justiça Criminal da Capital, atendendo a
um pedido do Instituto Padre Ticão.
A entidade afirma que Rubinho
Nunes tenta “silenciar quem tanto fez — e faz — por seres invisíveis na
cidade de São Paulo”.
O promotor Paulo Henrique Castex
diz na decisão que que a narrativa apresentada pelo Instituto Padre Ticão “deve
ser mais bem esclarecida, para apurar possível conduta com repercussão
criminal”.
Nas redes sociais, o vereador se
manifestou dizendo que o inquérito por “abuso de autoridade” é uma tentativa de
intimidação.
Gazeta Brasil
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