Esta é a segunda visita do
presidente russo ao país em pouco mais de seis meses; Putin deve chegar em
Pequim na quinta-feira (16)
O presidente da Rússia, Vladimir Putin,
visitará a China nesta
quinta e sexta-feira (16 e 17), sua segunda viagem ao país asiático em pouco
mais de seis meses, anunciou o Ministério chinês das Relações Exteriores nesta
terça-feira (14). “A convite do presidente Xi Jinping,
o presidente russo Vladimir Putin fará uma visita de Estado à China de 16 a 17
de maio”, anunciou a porta-voz do ministério, Hua Chunying. Esta será a
primeira viagem ao exterior do presidente russo desde sua reeleição em
março e o quarto encontro presencial entre os dois líderes desde o início da
invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022. Poucos dias antes do
início da ofensiva militar, Rússia e China afirmaram que mantêm uma amizade
“sem limites”. Desde então, a relação diplomática e comercial entre os países
foi intensificada.
“O presidente Xi Jinping trocará
pontos de vista com o presidente Putin sobre as relações bilaterais, a
cooperação em vários campos e questões internacionais e regionais de interesse
comum”, disse outro porta-voz, Wang Wenbin, em uma entrevista coletiva.
O Kremlin indicou que os dois presidentes pretendem discutir a “parceria global
e a cooperação estratégica”. Além da assinatura de uma declaração conjunta, os
dois participarão em uma cerimônia para comemorar o 75º aniversário das
relações diplomáticas entre os dois países, informou o Kremlin. Muitos
analistas destacam que a Rússia está cada vez mais dependente da China, que se
tornou um parceiro econômico crucial diante da avalanche de sanções ocidentais
decretadas em resposta à sua ofensiva militar.
Nos últimos meses, Pequim ignorou
as críticas ocidentais sobre seus vínculos com Moscou,
ao mesmo tempo que foi beneficiada pelas importações de
gás e petróleo com preços reduzidos do país vizinho. O comércio entre
China e Rússia disparou desde a invasão da Ucrânia e alcançou 240 bilhões de
dólares em 2023, segundo Pequim. Mas as exportações chinesas
para a Rússia caíram em março e abril deste ano devido à ameaça de Washington
de adotar sanções contra as instituições financeiras que apoiam o esforço
bélico russo.
Por Jovem Pan
*Com informações da AFP
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