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| A paralisação segue neste mês de maio, ainda sem previsão de término. Foto: Divulgação |
Alunos seguem em greve com professores por melhores condições
A edição do jornal foi procurada por um grupo de estudantes da UFF Rio das Ostras, que entraram em greve junto com professores federais no último dia 29 de abril. A paralisação segue neste mês de maio, ainda sem previsão de término. A assembleia estudantil que deflagrou a greve trouxe o chamado: “A nossa luta unificou, é estudante junto com trabalhador”.
Entre as reinvindicações dos alunos estão: acessibilidade para portadores de necessidades especiais; bandejão para alimentar estudantes; transporte universitário para todos; equipar e construir mais laboratórios; ar-condicionado que funcione adequadamente; mais computadores disponíveis em funcionamento; Mais espaços culturais para desenvolver alunos, em especial da disciplina Produção Cultural, entre outras reivindicações.
O estudante Marcelo Teles reclama que o corte de 1 bilhão dificulta manutenções atuais e até impossibilita algumas conquistas futuras. Marcelo destaca que falta aos alunos a alimentação em estilo bandejão, que vários estudantes ainda não são atendidos pelo transporte universitário, que salas e até laboratórios não tem manutenção adequada no ar-condicionado, que alguns computadores estão sempre fora de operação e que não existem todos os laboratórios necessários às amplas pesquisas de computação e engenharia, para uma formação de excelência.
Uma aluna, que preferiu não se identificar, diz que um novo prédio está para de ser construído nessa área da UFF, mas não teve projeto físico divulgado publicamente, ou com espaços adequados e já definidos. Em consenso, o grupo de alunos teme por ser apenas uma manobra de marketing político para tentar conter as reclamações. Bem como o prédio demorar tantos anos ao ficar pronto que os atuais alunos vão se formar sem usufruir desse novo prédio.
Outra aluna, que também preferiu não se identificar, reclama que o prédio construído pela própria UFF e o que está alugado, ainda hoje seguem sem rampas de acessibilidade ou elevadores, o que dificulta o acesso a qualquer cadeirante que estude na UFF ou visitantes portadores de necessidades especiais. essa aluna concluiu: “Tenho uma amiga que é cadeirante e quer estudar aqui, mas não posso sequer mostrar todo o nosso prédio para ela. O que diremos quando ela passar?”
Outro aluno, que preferiu não se identificar, teme por perder o semestre letivo caso a paralização se estenda por muito tempo, como em 2015 (governo Dilma Rousseff) quando a paralisação se alongou por vários meses. Somando então 21 anos de polo da UFF em Rio das Ostras, foram todos os governos que sempre prometeram grandes passos na educação, mas não cumpriram efetivamente em Rio das Ostras.
O primeiro prédio da UFF em Rio das Ostras foi construído para ser escola municipal fundamental, foi cedido pela prefeitura municipal para a UFF, mas não teve adequação às necessidades universitárias. Anos depois, o governo municipal deu direito de posse a uma grande área para possibilitar expansão do ensino universitário gratuito, no bairro Jardim Bela Vista. Um segundo prédio já foi construído e outro alugado nas proximidades. É esperado um novo prédio que seja completo.
Todo o grupo de alunos desaprova o descaso do presidente Lula com a Educação, que inclusive em campanha presidencial criticou seu principal adversário por se aliar ao bloco “Centrão”, mas já no seu segundo ano de governo, além de não aumentar o orçamento da Educação, Lula cortou um bilhão de reais do Ensino Superior neste 2024 e segue destinando verbas para projetos de políticos dele Centrão, vários desses projetos sem prioridade tal qual seria a educação.
Os estudantes seguem mobilizados até que uma nova Assembleia discuta
os avanços nas negociações. A reportagem do jornal tentou obter respostas e
argumentos da UFF Rio das Ostras, que até o fechamento dessa edição não enviou
material. Ainda assim, a gestão da UFF tem a oportunidade de entrar em contato
para posterior publicação.
Parabéns Morote! Pelo espaço sempre democrático e aberto em seu jornal, que busca atender as necessidades da sociedade, em especial, a riostrense.
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