O acordo do grupo com Bradesco e
Banco do Brasil, seus principais credores, prevê a preservação de R$ 4,3
bilhões em caixa até 2027, R$ 1,5 bilhão apenas em 2024
O Grupo Casas Bahia anunciou
neste domingo (28) um acordo de recuperação extrajudicial para dívidas no valor
de R$ 4,1 bilhões com os principais credores, Bradesco e Banco do Brasil.
O acordo prevê a preservação de R$ 4,3 bilhões em caixa até 2027, sendo R$ 1,5
bilhão apenas em 2024. Antes da renegociação, a empresa teria que desembolsar
R$ 4,8 bilhões até 2027, mas agora terá que arcar com R$ 500 milhões no mesmo prazo.
Além disso, o acordo inclui uma
carência de 24 meses para pagamentos de juros e 30 meses para pagamento do
principal. O prazo médio de amortização passa de 22 para 72 meses, com redução
de 1,5 p.p no custo médio, o que representa uma economia de R$ 400 milhões no
período. O CEO do Grupo, Renato Franklin, destacou que o reperfilamento da
dívida foi possível graças ao avanço das alavancas operacionais do plano de
transformação da empresa.
A operação abrange apenas dívidas
financeiras sem garantias, como debêntures e CCBs emitidas junto aos bancos. A
empresa acredita que o alongamento e a redução de custo da dívida trarão
segurança aos fornecedores, parceiros, clientes e colaboradores. O acordo foi
aprovado pelos principais credores financeiros e era uma das metas prioritárias
para o ano.
Em março, foi noticiado que o
grupo não abrirá novas lojas em 2024 e planeja fechar mais 20 pontos de venda.
Com cerca de 40 mil colaboradores, a Casas Bahia está presente em mais de 400
municípios de 22 estados e no Distrito Federal. No último trimestre de 2023, a
empresa registrou um prejuízo recorde de R$ 1 bilhão, seis vezes maior do que
no mesmo período de 2022. O ano de 2023 encerrou com perdas de R$ 2,6 bilhões,
quase oito vezes maior do que em 2022.
Por da Redação/JP
*Reportagem produzida com auxílio
de IA
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