Um tremor de magnitude 5,8 atingiu o Nordeste do Japão nesta sexta-feira (15), forçando a suspensão da descarga de água radioativa da usina nuclear de Fukushima. O epicentro do tremor, que não gerou alerta de tsunami, foi na costa da prefeitura de Fukushima, a cerca de 50 km de profundidade no mar.
A Tokyo Electric Power Company
(Tepco), operadora da usina danificada, suspendeu a descarga de água radioativa
e tratada no mar, iniciada em 28 de fevereiro. A empresa confirmou remotamente
que não havia anomalias nas instalações de diluição do trítio, mas suspendeu as
operações por precaução.
A Autoridade de Segurança Nuclear
do Japão também não detectou anomalias em Fukushima. O tremor não afetou as
usinas nucleares de Tokai nº 2 e Onagawa.
Até o momento, não há relatos de
danos materiais ou feridos. O Japão, situado no Anel de Fogo, zona sísmica
ativa, possui infraestrutura projetada para resistir a tremores.
Rafael Grossi, diretor-geral da
AIEA, considerou as descargas seguras durante visita a Fukushima na
quarta-feira (13). Apesar disso, a prática gerou protestos de comunidades de
pescadores e países vizinhos, como a China, que baniu a importação de peixes e
mariscos do Japão.
A Tepco descarrega no Oceano
Pacífico mais de 1,32 milhão de toneladas de água contaminada, após tratamento
para remover a maior parte do material radioativo e diluir em água marinha. O
processo, que deve durar décadas, foi escolhido pelo governo japonês, pela
Tepco e pelo regulador nuclear japonês como a melhor solução para o
armazenamento provisório do líquido.
Gazeta Brasil
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