Projeto previa a
desregulamentação econômica; proposta depende agora da Câmara dos Deputados
O presidente da Argentina, Javier Milei,
sofreu um revés, nesta quinta-feira, 14, quando o Senado rejeitou o ‘decretaço’
de desregulamentação econômica determinado pelo Executivo em dezembro e cujo
destino depende, agora, da Câmara dos Deputados. Foram 42 votos contra, 25 a
favor e quatro abstenções. O mega decreto “segue vigente, vai passar para
a Câmara dos Deputados e vamos ver como essa história continua”, disse o
senador governista Ezequiel Atauche, depois da votação, que terminou com 42
votos contra, 25 a favor e quatro abstenções. O partido governista também terá
dificuldades para aprovar o decretaço na Câmara dos Deputados.
O DNU 70/2023 sobre “bases para a
reconstrução da economia argentina” foi assinado por Milei em 21 de dezembro,
poucos dias depois de ele assumir a presidência. Entre outros aspectos, o
decreto, que, juntamente com o projeto da chamada “Lei Omnibus”, forma o núcleo
das ambiciosas reformas desejadas por Milei, revoga cerca de 80 leis e modifica
outros 300 regulamentos. O instrumento é rejeitado por grande parte da
oposição política, tanto no Parlamento – onde o partido governista A Liberdade
Avança está em minoria – quanto entre os governadores provinciais, todos da
oposição.
Por sua vez, o senador governista
Ezequiel Atauche defendeu o decreto, alegando que “a Argentina está em uma emergência”
e que a política deve mostrar que está “pronta para mudar”, e pediu aos
legisladores que “deixem Milei governar”. Além do decreto, Milei enviou ao
Parlamento em dezembro uma minuta da Lei de Bases e Pontos de Partida para a
Liberdade dos Argentinos, com medidas e reformas abrangentes e uma polêmica
delegação ao Executivo de poderes que pertencem ao Legislativo.
Devido à intransigência da
oposição e do governo em negociar e chegar a um acordo sobre vários aspectos do
projeto de lei, essa chamada “Lei Omnibus” (do latim “para todos”) naufragou em
seu trâmite parlamentar. Depois disso, em 1º de março, Milei propôs aos
governadores que assinassem um novo “pacto fundacional” em 25 de maio, com dez
pontos sobre questões econômicas e políticas, com a condição de que um novo
acordo sobre questões fiscais e a “Lei Omnibus”, que o governo agora está
reimpondo com algumas modificações, fosse aprovado primeiro.
Por Jovem Pan
*Com informações da AFP e EFE
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