Seis anos após o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e de seu motorista Anderson Gomes, a investigação do caso toma um novo rumo: o inquérito foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira (13). A decisão foi tomada pelo ministro Raul Araújo, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), após a descoberta de indícios que apontam para o possível envolvimento de uma autoridade com foro privilegiado no STF.
A transferência do inquérito para
o STF foi realizada pelo ministro Raul Araújo, do Superior Tribunal de Justiça
(STJ), nesta quarta-feira (13), colocando em foco a dimensão política e
institucional do crime que permanece sem solução. A identidade da autoridade
supostamente envolvida não foi divulgada, uma vez que o processo tramita em
sigilo, aguardando o sorteio de um ministro relator para conduzir o caso na
Corte Suprema.
As investigações, conduzidas pela
Polícia Federal (PF), ganharam novo fôlego no último ano com negociações de
delação premiada com o ex-policial Ronnie Lessa, apontado como autor dos
disparos que ceifaram a vida de Marielle Franco. O desdobramento dessas
negociações levou o caso ao STJ, diante de evidências que apontavam para o possível
envolvimento de uma autoridade com foro privilegiado naquele tribunal.
A PF, responsável pela condução
do caso desde o seu início, mantém-se à frente das investigações, reiterando a
prioridade dada pela atual gestão para esclarecer esse crime que completa seis
anos de impunidade. A equipe da Superintendência da PF do Rio de Janeiro
continua aprofundando as apurações, inclusive utilizando informações fornecidas
na delação de Élcio Queiroz, cúmplice de Ronnie Lessa no crime.
O homicídio de Marielle Franco e
Anderson Gomes ocorreu em 14 de março de 2018, quando foram alvejados dentro de
um veículo na região central do Rio de Janeiro. O inquérito segue em segredo de
Justiça, sem que detalhes sobre os motivos que levaram à transferência do caso
para o STF sejam revelados.
Cabe ao Supremo Tribunal Federal
o julgamento de autoridades com foro privilegiado, como deputados federais e
senadores, o que sugere a possibilidade de citação do nome de uma figura com
esse status na investigação. No entanto, a Polícia Federal não confirmou
oficialmente os motivos que levaram a essa mudança de instância.
O país aguarda ansiosamente por
avanços concretos nessas investigações, que não apenas buscam justiça para as
vítimas, mas também representam um marco na luta contra a impunidade e a
violência política no Brasil.
Gazeta Brasil
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