Exército israelense afirma que
‘evacuação é para a própria segurança’ dos habitantes
O Exército de Israel emitiu um
aviso nesta quinta-feira, 12, ordenando que os moradores do norte da Faixa de Gaza se
desloquem para o sul da região em até 24 horas. Em um vídeo divulgado nas redes
sociais, o porta-voz do exército afirmou que a “evacuação é para a própria
segurança” dos habitantes e recomendou que as pessoas só voltem quando o
governo israelense permitir. A expectativa é de que Israel faça um ataque por
terra em Gaza. Inclusive, os israelenses disseram que, nos próximos dias, as
operações em Gaza serão “significativas”, estendendo o pedido para que
moradores não se aproximem ou tentem ultrapassar a fronteira. Antes do novo
pronunciamento do Exército de Israel, a ONU (Organização das
Nações Unidas) já havia antecipado a ordem feita a aproximadamente 1,1 milhão
de palestinos. Contudo, o exército disse que o alerta é para apenas a Cidade de
Gaza, que têm cerca de 677 mil habitantes. As 24 horas serão completadas às 18
horas (horário de Brasília) desta sexta-feira, 13. Em comunicado, o porta-voz
da ONU, Stephane Dujarric, alertou ser impossível que uma evacuação desse porte
ocorra sem consequências humanitárias devastadora. O representante ainda apelou
veementemente para que qualquer ordem desse tipo por parte de Israel, se
confirmada, seja revogada, evitando que poderia, segundo ele, “transformar o
que já uma tragédia em uma situação calamitosa”.
O número de mortos em Gaza e
Israel subiu para mais de 2.800. Em Israel, chegou agora a 1.300, segundo
fontes médicas citadas pela imprensa local, enquanto o total de mortes causadas
pelos bombardeios israelenses na Faixa de Gaza é de 1.837, de acordo com
dados do Ministério da Saúde de Gaza, acrescentando 500 crianças e 276
mulheres. Em Israel foi registrado ainda um total de 3.268 feridos hospitalizados,
dos quais 28 estão em estado crítico, 348 em estado grave e 581 em estado
moderado, segundo os últimos dados do Ministério da Saúde israelense. Do lado
de Gaza, para além dos mortos, muitos deles civis, há 6.612 feridos em vários
graus, bem como 31 mortos na Cisjordânia, além de cerca de 180 feridos. Ao
saldo de ambos os lados somam-se cerca de mil mortos entre os milicianos do
Hamas e as forças de segurança em território israelense, onde ainda ocorrem
combates esporádicos, com cinco milicianos mortos na quarta-feira, 11, segundo
o porta-voz do Exército de Israel, Richard Hecht.
Por Jovem Pan
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