Primeiro-ministro libanês, Najib
Mikati, disse que seu país não tem interesse em entrar na guerra entre israelenses
e o grupo Hamas
As forças israelenses mataram
vários suspeitos armados de terem cruzados a fronteira com o Líbano, de
acordo com um comunicado do Exército. “Helicópteros das IDF (Exército
israelense) também estão bombardeando a área”, acrescentou o Exército, no
terceiro dia de uma ofensiva do grupo islâmico palestino Hamas no
sul do país. Há relatos de ataques israelenses no sul do Líbano. O governo de
Israel ainda não se pronunciou a respeito dos ataques ao sul do Líbano,
contudo, se confirmado será mais um ataque de Israel contra o Líbano, já que no
domingo as autoridades israelenses dizem ter atacado uma área do Líbano de onde
foram lançados morteiro, com um drone atingindo um posto do Hezbollah nas
Fazendas Shebaa. Desde sábado, quando o confronto entre israelenses e o Hamas
começou, o grupo xiita libanês Hezbollah parabenizou o grupo pelo ataque, o
qual considerou como “operação heroica” contra Israel e pedido unidade dos
grupos de “resistência”.
O Hezbollah disse
ter lançado mísseis teleguiados contra três postos nas Fazendas Shebaa,
reivindicadas pelo Líbano e capturadas por Israel em 1967. O gesto, segundo o
grupo, foi um ato “em solidariedade” ao Hamas. Apesar dos ataques confirmados
pelo Hezbollah, o primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, disse nesta segunda
que o Líbano não tem interesse em entrar na guerra entre Israel e o grupo
Hamas. “Não queremos que o Líbano entre na guerra em curso, e estamos nos
esforçando para isso”, disse durante uma reunião com o ministro das Relações
Exteriores libanês, Abdullah Bu Habib, acrescentando que parte da prioridade do
governo libanês era “manter a segurança e a estabilidade no país”. Líbano e
Israel são considerados inimigos de Estado, mas estão em trégua desde o
conflito de 2006. A guerra entre Israel e Hamas, iniciada no sábado, 7, já
deixou mais de mil mortos. Segundo o último balanço, são 1.260 mortos e uma
onda de destruição. As autoridades revelaram que foram 700 mortes em Israel,
560 na Faixa de Gaza e 7 na Cisjordânia.
Por Jovem Pan
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