Cinco cardeais conservadores
enviaram uma carta ao Papa Francisco na qual expressaram sua preocupação com
questões que serão discutidas na primeira fase da Assembleia Geral do Sínodo
dos Bispos, que começa nesta quarta-feira.
Na carta, os cardeais Walter
Brandmüller (Alemanha), Raymond Leo Burke (Estados Unidos), Juan Sandoval
Íñiguez (México), Robert Sarah (Guiné) e Joseph Zen Ze-kiun (China) explicam
que, em 10 de julho, enviaram ao Pontífice uma carta com cinco perguntas sobre
questões como a bênção de uniões entre pessoas do mesmo sexo, a ordenação
sacerdotal de mulheres e a natureza da Igreja.
O Vaticano tornou públicas as
respostas do Papa Francisco nesta segunda-feira, 2 de agosto. Em relação à
bênção de uniões do mesmo sexo, Francisco respondeu que, embora a Igreja
reconheça que apenas o casamento entre um homem e uma mulher é válido, a caridade
pastoral deve ser mantida. Ele disse que a Igreja deve evitar “qualquer tipo de
rito ou sacramental que possa contradizer esta convicção”, mas que também deve
ser “bondosa, paciente, compreensiva, terna e encorajadora” com as pessoas que
vivem em uniões do mesmo sexo.
Em relação à ordenação sacerdotal
de mulheres, Francisco disse que a Igreja sempre ensinou que o sacerdócio é
reservado aos homens. Ele disse que, embora seja difícil aceitar isso, é
importante entender que o poder sacerdotal é sobre “função” e não sobre “dignidade
e santidade”.
Em relação à natureza da Igreja,
Francisco disse que a Igreja é por natureza sinodal, o que significa que é um
corpo em que todos os membros são chamados a participar. Ele disse que isso não
significa que a Igreja não tenha uma autoridade suprema, mas que essa
autoridade é exercida pelo Papa e pelo colégio dos bispos em conjunto.
Os cardeais conservadores
disseram que consideraram que as respostas do Papa não seguiram a prática de
responder a perguntas. Eles disseram que reformularam suas perguntas em uma
nova carta enviada ao Papa em 21 de agosto, mas que ainda não receberam
resposta.
Os cardeais expressaram
preocupação com o fato de que as declarações de alguns altos prelados sobre o
Sínodo dos Bispos estão “abertamente contrárias à constante doutrina e
disciplina da Igreja”. Eles disseram que essas declarações estão causando
confusão e erro entre os fiéis.
Os cardeais disseram que é seu
dever informar os fiéis sobre essas questões, para que eles não sejam “sujeitos
a confusão, erro e desânimo”. Eles também disseram que rezam pela Igreja
universal e pelo Papa Francisco.
(Com informações da Europa Press)
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