Ministro das Relações Exteriores,
Mauro Viera, que está no Camboja, vai embarcar nesta quinta, 12, para Nova
York, para participar da reunião junto ao embaixador Sergio Danese, que lidera
o Conselho
O Brasil convocou para
esta sexta-feira, 13, uma reunião do Conselho de
Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) para discutir
as questões
humanitárias na Faixa de Gaza e debater resoluções para o conflito na
região. O ministro das Relações Exteriores, Mauro Viera, que está
no Camboja, vai embarcar nesta quinta, 12, para Nova York, para participar
da reunião junto ao embaixador Sergio Danese, que lidera o
Conselho. A escalada da guerra entre Israel e o grupo
palestino Hamas ocorre
no momento em que o Brasil preside o órgão internacional que tem o poder de
mediar conflitos e aprovar resoluções que devem ser seguidas por todos os
países-membros das Nações Unidas em prol da paz. Para o Ministério
das Relações Exteriores (MRE) é preciso aproveitar o fato de estar
ocupando a presidência para discutir e liderar os esforços pela paz na região.
O governo brasileiro teme que a guerra escale ao ponto de se tornar uma nova
frente global de conflito, como ocorre na guerra da Ucrânia.
Em entrevista à Jovem Pan News,
Karina Calandrin, que é colaboradora do Instituto Brasil-Israel, doutora em
relações internacionais, com foco em Oriente Médio, espera que o Brasil
classifique o Hamas como um grupo terrorista nas próximas reuniões: “É
necessário que o governo do Brasil tenha uma posição mais incisiva e mais clara
e dura contra o terrorismo do Hamas e ações terroristas no geral, obviamente
condenando a vitimização de civis, tanto israelenses, quanto palestinos. Essa é
uma posição que ainda falta do Brasil. Enquanto presidente do Conselho de
Segurança da ONU, ocupando esse espaço, é importante que esta posição esteja
bem definida”.
A presidência do órgão é
rotativa, e dura apenas um mês, ou seja, já em novembro o Brasil deixará esta
posição. O economista Alexandre Pires destaca que o peso do país no Conselho é
limitado, já que o Brasil é um dos dez membros temporários, e encerra seu
mandato de dois anos em 31 de dezembro: “Só é possível que tenhamos algo mais
definitivo, quando seus cinco membros permanentes – Estados Unidos,
Grã-Bretanha, França, Rússia e China – entrarem em acordo e fazerem com que os
países se sintam obrigados a seguir uma nova diretriz. Como esse conflito
divide todas essas grandes potências, com interesses divergentes, o Conselho de
Segurança pode fazer pouco e as resoluções que podem ser aprovadas têm pouco peso”.
Por Jovem Pan
*Com informações do repórter
Daniel Lian
0 comentários:
Postar um comentário
Obrigado pelo seu comentario.
Fique sempre ligado do que acontece em nossa cidade!