Petista disse que o presidente da
Rússia, Vladimir Putin, ‘não toma iniciativa de paz’, assim como o líder
ucraniano, Volodymyr Zelensky
O primeiro ministro da Ucrânia, Denys Shmyhal,
rebateu as declarações feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
sobre a necessidade de ter uma mesa de negociação pela paz em meio à guerra
russa. “Também hoje reiterei várias vezes que em nossa fórmula de paz há um
caminho claramente traçado para a paz como a entendemos. Se um grupo de
bandidos entra em seu apartamento querendo matar você, seus filhos e levar sua
casa, você vem para discutir e assinar acordo com esses bandidos, talvez com a
participação de seus vizinhos? Você vê isso realista?”, iniciou durante
coletiva de imprensa. “Tenho a sensação de que você não concordaria em viver
com esses bandidos e nos termos deles”, frisou. Segundo o primeiro-ministro
ucraniano, para que seja feita uma negociação de paz, “antes de tudo, eles
precisam sair de sua casa e depois talvez possamos discutir os princípios da coexistência
pacífica”. Mesmo contra os pronunciamentos de Lula, Denys Shmyhal agradeceu “os
esforços do povo brasileiro e da liderança em sua aspiração de apoiar o povo
ucraniano em sua luta”. Em fevereiro, durante visita ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, na Casa
Branca, o presidente brasileiro propôs a criação de um grupo de países
neutros para discutir a paz na Ucrânia. Já recentemente Lula afirmou, em Pequim,
durante visita à China,
que os EUA precisavam parar de incentivar a guerra para que houvesse uma
solução à crise no país europeu. O petista também disse que o presidente
da Rússia, Vladimir Putin, “não toma
iniciativa de paz”, assim como o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky.
A União
Europeia, inclusive, rebateu as críticas feitas pelo presidente
brasileiro e disse que não está ajudando a prolongar o conflito e que
a Ucrânia é vítima de uma agressão ilegal.
Por Jovem Pan
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