Na última quinta-feira (30),
voo de Boa Vista a Curitiba levou 144 passageiros, segundo a Casa Civil
A operação Acolhida, que faz
atendimento humanitário no Brasil, já
atende 100 mil refugiados e migrantes da Venezuela desde a última
quinta-feira (30), quando um voo saiu de Boa Vista, levando 144 passageiros que
desembarcaram em Curitiba.
O projeto de interiorização de
venezuelanos teve início em abril de 2018, durante a gestão de Michel Temer
(MDB), e consiste na realocação voluntária, ordenada e gratuita de refugiados e
migrantes venezuelanos em situação de vulnerabilidade.
De acordo com dados da Casa Civil
da Presidência da República, os municípios que mais receberam pessoas
refugiadas e migrantes foram Curitiba, São Paulo, Chapecó (SC), Dourados (MS) e
Manaus.
O perfil dos refugiadas e
migrantes do país vizinho é majoritariamente de pessoas que dependem de serviços
públicos báscios, como os oferecidos pelo Sistema Único de Assistência Social
(Suas) e pelo Sistema Único de Saúde (SUS), como acesso a programas de
transferência de renda.
Dados de janeiro deste ano
mostram que quase 207 mil pessoas venezuelanas, incluindo refugiados, estão no
Cadastro Único de programas sociais do governo. Desse total, 135,5 mil recebem
o Bolsa
Família e outros 3,8 mil, o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Segundo a Casa Civil, a operação
é estruturada em torno de três eixos: ordenamento de fronteira, acolhimento e
interiorização. Pelo último eixo, são ainda quatro modalidades: institucional,
reunificação familiar, reunião social e vaga de emprego sinalizada.
Crise na Venezuela
Vivendo no regime didatorial de
Nicolás Maduro, a Venezuela enfrenta crise financeira em praticamente todos os
setores econômicos. O salário mensal do setor privado é em média de US$ 139
(cerca de R$ 720) e os salários do setor público estão em torno de US$ 14 por
mês (pouco mais de R$ 70), de acordo com o Observatório Venezuelano de
Finanças.
Enquanto isso, os gastos mensais
médios de uma família atingem cerca de US$ 370 por mês (R$ 1.910).
Cerca de 50% das famílias
venezuelanas vivem na pobreza, de acordo com uma pesquisa nacional realizada
pela Universidade Católica Andrés Bello, e 41% dos entrevistados disseram que
pulam uma refeição por dia.
Do R7, em Brasília
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