Promotores cumpriram mandados
na casa do prefeito e no gabinete dele. Força-tarefa também investiga
empresários de ônibus. Procurada pelo g1, a Prefeitura de Petrópolis disse que
está apurando os fatos. A reportagem também entrou em contato com as viações e
aguarda resposta.
O prefeito de Petrópolis, Rubens
Bomtempo (PSB), é alvo nesta quarta-feira (29) da Operação PII,
do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) e da Polícia Civil do
RJ, que investiga possível fraude em licitações no município da
Região Serrana fluminense.
Agentes da força-tarefa estiveram
na casa de Bomtempo e no gabinete dele, no Palácio Sérgio Fadel, sede da
prefeitura. O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro expediu mandados
de busca e apreensão contra cinco pessoas físicas e três
pessoas jurídicas. A TV Globo apurou que empresários de ônibus também
estão entre os alvos. Não houve pedidos nem mandados de prisão.
A investigação começou na 105ª DP
(Petrópolis). O procurador-geral de Justiça, Luciano Mattos,
solicitou as buscas ao Judiciário porque Bomtempo tem foro por estar à frente
do Executivo petropolitano.
As investigações seguem em
andamento, sob sigilo judicial — razão pela qual detalhes da suposta fraude não
foram divulgados.
Procurada pelo g1, a Prefeitura de Petrópolis disse que está
apurando os fatos. A reportagem também entrou em contato com as viações e
aguarda resposta.
Fraude após tragédia
O g1 apurou que a ação desta
quarta-feira (29) foi deflagrada após uma investigação sobre uma troca de
empresas de ônibus que operavam em determinadas linhas do município.
Petrópolis teria transferido
irregularmente linhas da Viação Cascatinha para a Viação Cidade das Hortências.
Em 3 de julho de 2022, a Cidade das Hortências passou a operar oito linhas da
Comunidade do Carangola, serviço antes prestado pela Cascatinha.
A investigação destacou que o
suposto esquema de corrupção, com dispensa de licitação e desvios de recurso da
Companhia Petropolitana de Trânsito (CPTrans), teria começado após a tragédia
das chuvas na cidade, com mais de 200 vítimas, cinco meses antes.
A primeira fase da operação, em
agosto do ano passado, cumpriu 13 mandados de busca e apreensão ligados ao então
diretor-presidente da CPTrans, Jamil Miguel Sabrá Neto. Na operação os agentes
apreenderam aparelhos eletrônicos, celulares e mais de R$ 89 mil em espécie.
https://g1.globo.com/rj/regiao-serrana/noticia/2022/08/12/operacao-mira-suposto-esquema-de-corrupcao-na-cptrans-apos-tragedia-da-chuva-em-petropolis.ghtml
Por Adriana Cruz, Pedro
Figueiredo e Rafael Nascimento, TV Globo e g1 Rio
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